Em SP, Incêndio no depósito de açúcar pode gerar multa de até R$ 193 mil
A empresa Agrovia, proprietária do depósito de açúcar que pegou fogo na manhã da última sexta-feira (25), pode ter que pagar uma multa de até cerca de R$ 193 mil caso fiquem comprovados danos ambientais provocados pelo vazamento de 200 toneladas de xarope de açúcar no rio São Domingos, informou a assessoria de imprensa da […]
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A empresa Agrovia, proprietária do depósito de açúcar que pegou fogo na manhã da última sexta-feira (25), pode ter que pagar uma multa de até cerca de R$ 193 mil caso fiquem comprovados danos ambientais provocados pelo vazamento de 200 toneladas de xarope de açúcar no rio São Domingos, informou a assessoria de imprensa da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) nesta terça-feira (29).
Técnicos da Cetesb estão acompanhando as ações emergenciais tomadas para impedir que mais toneladas do produto continuem a atingir o rio. O xarope de açúcar não é tóxico mas, em função da grande quantidade e da carga orgânica que contém, há diminuição do oxigênio dissolvido na água, o que pode causar a morte de peixes.
Segundo a Cetesb, o índice de oxigênio dissolvido no rio São Domingos, nos municípios de Santa Adélia, Pindorama e Catanduva, é, no momento, de zero miligrama por litro, resultando em grande quantidade de peixes mortos. A estimativa da Polícia Militar Ambiental é que uma tonelada de peixes já tenham morrido devido ao problema.
Na noite desta segunda-feira (28) foi concluída a construção de um tanque de contenção no pátio do depósito. Com cerca de mil metros cúbicos de capacidade, o tanque escavado na terra conseguiu conter a massa de xarope gerada pela queima do açúcar. A Cetesb informou que cerca de 500 metros cúbicos do produto ficaram retidos no tanque e não há mais lançamento no rio Domingos proveniente do incêndio. O que ainda é despejado no rio é o material residual que foi parar nas galerias de águas pluviais, estimado em cerca de 200 metros cúbicos. Os homens do Corpo de Bombeiros ainda não conseguiram conter totalmente os focos de incêndio, que já dura mais de cem horas.
Durante todo o dia de ontem, os técnicos da Cetesb que trabalham na Agência Ambiental de São José do Rio Preto percorreram vários trechos do rio São Domingos para monitorar a mancha formada pelo xarope em suas águas e os danos ambientais provocados pela sua passagem. Segundo avaliaram os técnicos, a mancha de açúcar avança cerca de 7 quilômetros por dia, sendo que até o momento já percorreu por volta de 25 quilômetros, de Santa Adélia até Catanduva. Eles explicaram que não é possível colocar barreiras de contenção no rio para tentar reter o xarope, por se tratar de material totalmente solúvel em água. Por isso, à medida que a mancha for avançando, novos episódios de mortandade de peixes deverão ser observados.
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