Elinho do Bandoneon e Marcelo Loureiro se apresentam no som da Concha Acustica

A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul leva neste domingo (19) ao palco da Concha Acustica Helena Meirelles sons instrumentais que moldaram a música sul-mato-grossense com Helinho do Bandoneon e Marcelo Loureiro. As apresentações começam às 18 horas, no Parque das Nações Indígenas. A entrada, como sempre, é franca. Manoel Alfredo Ferreira, mais […]

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A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul leva neste domingo (19) ao palco da Concha Acustica Helena Meirelles sons instrumentais que moldaram a música sul-mato-grossense com Helinho do Bandoneon e Marcelo Loureiro. As apresentações começam às 18 horas, no Parque das Nações Indígenas. A entrada, como sempre, é franca.

Manoel Alfredo Ferreira, mais conhecido como Elinho do Bandoneon, iniciou na carreira musical nos anos 60 como autodidata, tocando acordeon. O fascínio pelo chamamé, estilo nascido na Argentina e disseminado no Paraguai e em Mato Grosso do Sul, começou bem cedo. As primeiras noções musicais foram passadas pela mãe.

Em 1980 Elinho abandonou o acordeon para se dedicar ao bandoneon. Foi para Corrientes, na Argentina, onde estão os melhores instrumentistas do chamamé e aprimorou sua técnica.

O bandoneon foi levado para a região argentina do Rio da Prata por imigrantes alemães no início do século XX. No país vizinho tornou-se o principal instrumento da orquestra do tango e suas diferentes variações utilizadas no chamamé.

Apesar das aparências, bandoneon e acordeon são bem distintos. O instrumento portenho produz o som a partir da vibração de palhetas internas de aço rebitadas em chapas de metal. Já no acordeon o ar do fole passa por entre duas palhetas, que vibram mais grave ou agudo de acordo com a distância entre elas.

Atualmente Elinho é considerado uma verdadeira lenda viva do chamamé. Possui extenso currículo de apresentações na América do Sul e em outros estados brasileiros. Um veterano do bandoneon, do qual, além de mestre instrumentista, é também lutiê.

Instrumentista de estilo marcante, Marcelo Loureiro mescla informações de diferentes estilos musicais e busca novos caminhos dentro da arte do violão, predominando influências da música folclórica latina. Estudou técnicas de violão clássico, popular, erudito e flamenco, mas adaptou uma técnica própria no violão.

Durante sua trajetória se dedicou a estudar outros instrumentos. Autodidata, adaptou a técnica utilizada no violão para a viola caipira e a harpa paraguaia, que atualmente fazem parte do seu show.

Dividiu o palco com vários artistas de projeção nacional como Almir Sater, Tetê Espíndola, Helena Meirelles, Yamandú Costa e Renato Borghetti e representou a cultura do Estado e do Brasil em eventos por países da América Central, América do Sul e Europa.

Em sua carreira solo gravou um único CD, intitulado “Alma Platina”, lançado em 2004. Porém, participou de álbuns de artistas regionais e de coletâneas como “Violões do Brasil”, com os principais nomes do cenário nacional do violão.

Em 2012 participou do Concurso Nacional “Voa Viola”, patrocinado pela Caixa Econômica Federal, foi classificado entre os 12 melhores violeiros do Brasil e ganhou o prêmio na categoria instrumental.

Som da Concha – O projeto conta com o apoio da Fundação Manoel de Barros, TV Brasil Pantanal e 104 FM Rádio MS e prevê apresentações de shows musicais em domingos alternados.

Serviço: A Concha Acústica Helena Meirelles fica no Parque das Nações Indígenas, na Rua Antonio Maria Coelho, 6000. Mais informações pelo telefone (67) 3314-2031. A entrada para os shows é franca.

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