Combate às drogas une instituições no desfile da Alegria sem Ressaca
A banda Alegria sem Ressaca, idealizada há uma década pela Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), desfila no próximo dia 3 de fevereiro na orla de Copacabana, zona sul da cidade, tendo como bandeira principal a prevenção ao uso de drogas. A Câmara Comunitária da Barra da Tijuca (CCBT) é uma das instituições que […]
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A banda Alegria sem Ressaca, idealizada há uma década pela Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), desfila no próximo dia 3 de fevereiro na orla de Copacabana, zona sul da cidade, tendo como bandeira principal a prevenção ao uso de drogas.
A Câmara Comunitária da Barra da Tijuca (CCBT) é uma das instituições que apoiam a causa. A conselheira Rute Guida, da CCBT, ressaltou à Agência Brasil que o objetivo do desfile é mostrar às pessoas “que elas podem se divertir sem álcool e sem droga e que a alegria está dentro de cada um”.
Uma das fundadoras da organização não governamental Lutando por Quem Precisa, Fernanda Domingos, disse à Agência Brasil que a ONG vai participar do desfile pela primeira vez.A organização conta com 17 voluntários, que dão aulas gratuitas de música, artes marciais, cabeleireiro e inglês, para cerca de 120 alunos cadastrados.
“Todos [os alunos] estão super animados para participar com a gente”. O desfile da banda será animado pela Velha Guarda Musical da Vila Isabel. O produtor cultural e artístico do grupo, Adilson da Vila, é outro que apoia a campanha.
“É muito importante que a cada dia a gente possa passar isso para as pessoas, porque é muita gente que tem envolvimento com drogas e não tem conhecimento que pode participar desses grupos”. Adilson considera que é muito mais fácil levar essa conscientização para a população por meio da música. A parceria com a Abrad começou há um ano e meio.
Neste carnaval, Adilson acionou um serviço de mala direta para mobilizar os amigos e espera o comparecimento de cerca de 8 mil pessoas ao desfile. “A gente vai buscando junto com os amigos propagar isso. Porque é uma ação muito bacana. Depende mais de propagar, de as pessoas descobrirem isso”.
Depois do carnaval, ele pretende levar a iniciativa da Abrad para a sua comunidade, que fica no Morro dos Macacos. “Essa parceria tem que se prolongar por muito tempo, porque tem muita gente que precisa desse auxílio, desse apoio”. A Força Aérea Brasileira (FAB) também apoia a iniciativa da Abrad. Falando à Agência Brasil, o major aviador Bruno Pedra, porta-voz da FAB, informou que existe a vontade de repetir este ano a parceria com especialistas da associação.
No ano passado, durante a Operação Ágatha 5, do governo federal, eles participaram de ação pioneira de prevenção ao uso de drogas nas fronteiras, onde atua o narcotráfico. “Este ano, como a ação vai ser no Brasil todo, mais de 17 mil quilômetros de fronteiras, a gente ainda vai estudar onde seria a participação da Abrad”, disse.
Ele explicou que a ação de prevenção às drogas nas fronteiras foi feita com crianças e adolescentes, a partir dos 10 anos de idade, por meio de cursos dados pela Abrad. “Isso faz a diferença”, avaliou. Seguindo o modelo implantado na Europa e nos Estados Unidos pelas associações internacionais de psiquiatria, ele relatou que a intenção foi aproximar a Força Aérea das crianças. Além de palestras sobre prevenção, os militares falavam sobre aviação.
João José da Silva, o Mestre João do Pulo, está com 60 anos, não fuma nem bebe. O trabalho que desenvolve desde os anos de 1990 à frente da Associação Capoeira Lagoa Azul é conhecido no mundo inteiro. O grupo tem mais de 500 integrantes nos núcleos do Rio de Janeiro, Teresópolis, Guapimirim, Brasília, além da França e do Bahrein. Ele levará seus alunos ao desfile da banda e eles portarão uma faixa com a mensagem Capoeira Boa é Capoeira sem Droga.
“O esporte faz uma pessoa saudável. Para o corpo se manter saudável, [a pessoa] não pode usar drogas, não pode passar as noites bebendo, não pode ter vício nenhum”. A banda terá ainda o reforço do programa da área de extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Saúde É Brincadeira, cujos educadores atuam na prevenção ao uso de drogas.
A coordenadora do programa, criado em 2011, é a enfermeira Sylvia Cibreiros, especializada em pediatria, também professora adjunta da Faculdade de Enfermagem da Uerj. “É o primeiro ano que o grupo vai participar integrado à banda”. O Saúde É Brincadeira usa a linguagem lúdica para orientar crianças sobre assuntos ligados à saúde. “Por meio de brincadeiras, jogos, teatro, nós orientamos as crianças hospitalizadas. A questão das drogas [é um tema abordado]”.
O programa terá duas alas no desfile da banda: uma do projeto de extensão da Faculdade de Enfermagem da Uerj e a outra, denominada Enfermeiros da Alegria, composta por acadêmicos de enfermagem.. Sylvia disse que ao longo do ano o programa desenvolverá um trabalho de prevenção ao uso de drogas, em conjunto com a Abrad. Em fevereiro serão definidos os locais e datas para a realização de palestras sobre o tema.
O Saúde É Brincadeira atende, em média, 120 crianças por mês. A orientação é repassadas aos pais. “As crianças são formadoras de opinião também. A gente pega e investe nisso, porque esses pequenos são o futuro”.
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