Com greve, clientes recorrem aos Correios, lotéricas e postos expressos em Corumbá

Pelo terceiro dia útil, as agências bancárias – privadas e públicas – continuam sem atendimento em Corumbá. Nesta terça-feira, 05 de fevereiro, nenhuma agência bancária abriu as portas no município, sendo que na segunda-feira, uma agência bancária privada conseguiu realizar atendimento. O Sindicato dos Vigilantes continua liderando a greve, iniciada na sexta-feira (1º), até que […]

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Pelo terceiro dia útil, as agências bancárias – privadas e públicas – continuam sem atendimento em Corumbá. Nesta terça-feira, 05 de fevereiro, nenhuma agência bancária abriu as portas no município, sendo que na segunda-feira, uma agência bancária privada conseguiu realizar atendimento.

O Sindicato dos Vigilantes continua liderando a greve, iniciada na sexta-feira (1º), até que seja fechado um acordo com as empresas de segurança. A categoria cobra a aplicação imediata da lei nº 12.740/2012, sancionada em 10 de dezembro pela presidente Dilma Rousseff garantindo o pagamento do adicional de periculosidade de 30% para todos os vigilantes patrimoniais. O adicional de 30% deve ser pago sobre o valor do salário-base dos vigilantes, que em Mato Grosso do Sul é de R$ 847 registrado em carteira. A lei alterou a redação do artigo 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que regulamentava a concessão desse adicional apenas aos profissionais que exercem atividades em contato com inflamáveis, explosivos e energia elétrica. No Estado são 7,5 mil profissionais.

Com o fechamento dos bancos, por falta de vigilantes, as casas lotéricas, as agências dos Correios e os postos expressos sofrem uma sobrecarga de atendimento, causando grandes filas e espera por parte dos clientes.

“Segunda e terça, foram os dias em que recebemos mais clientes para atendimento. Não paramos um minuto sequer, está um fluxo imenso. A maioria é saque e infelizmente há um limite, por esse fato, estamos ouvindo muitas reclamações de clientes que estão deixando contas atrasarem porque não conseguem sacar a quantia toda para a quitação dos débitos”, destacou Fátima Cavalcante, proprietária de um posto expresso.

Ramona Antônio foi uma das consumidoras que utilizaram o saque fora da agência bancária. Ela recorreu a uma lotérica para realizar a retirada de dinheiro. “Fui até uma lotérica para sacar dinheiro, pois minhas contas estavam todas atrasadas. Algumas delas continuarão, pois para os saques há um limite. É uma situação complicada, tenho que escolher o que pagar e nesse caso, escolhi por contas de casa, como água, luz e telefone, o restante terá que esperar”, lamentou.

Os Correios também estão contabilizando o dobro de atendimentos, conforme enfatizou a gerente da loja da área central, Maria Ione da Silva Paes. “A agência da rua Delamare registrou aumento de 100% no atendimento. O que antes era prioridade, como envio e recebimento de mercadorias, agora ficou em segundo plano. Hoje, as pessoas estão recorrendo aos Correios para depósito e saque”.

Alguns conseguem sacar dinheiros nos caixas eletrônicos dos bancos, porém, a demora é inevitável. “Eu e meu marido ficamos na segunda, cerca de 1 hora na fila do caixa eletrônico para sacar dinheiro e quitar as contas. Hoje, acordei cedo e já enfrentei fila de novo para quitar as outras contas. O jeito é ter paciência e esperar”, afirmou a dona de casa Janete da Silva, 50 anos.

A greve dos vigias pode ter fim nesta terça-feira, após audiência com representantes das empresas. O encontro está previsto para às 15 horas.

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