Cinemateca Brasileira reage a novo estatuto

Os funcionários e a diretoria da Cinemateca Brasileira foram surpreendidos há dez dias com a publicação no Diário Oficial da União de um novo regimento interno. “Foi uma surpresa geral. Ninguém nos avisou que ele estava sendo preparado ou que iria ser publicado. Descobrimos por meio de uma pesquisa diária que é feita pelo pessoal […]

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Os funcionários e a diretoria da Cinemateca Brasileira foram surpreendidos há dez dias com a publicação no Diário Oficial da União de um novo regimento interno. “Foi uma surpresa geral. Ninguém nos avisou que ele estava sendo preparado ou que iria ser publicado. Descobrimos por meio de uma pesquisa diária que é feita pelo pessoal da administração no Diário Oficial e nos assustou o fato de que um regimento da instituição tenha sido publicado sem que tenhamos sequer sido consultados. É algo que precisa ser discutido. Vamos ter uma reunião do conselho dia 25 e isso vai ser conversado”, declarou Patrícia de Filippi, diretora adjunta da Cinemateca, ao lado de Olga Futemma, atual diretora interina da instituição.

A novidade maior diz respeito à forma como os departamentos da Cinemateca estão organizados. “Hoje somos divididos em alguns departamentos: Documentação, Difusão, Catalogação, Preservação, Laboratório, Administração e TI. No novo regimento, não é assim que a organização se apresenta. Isso muda a divisão dos departamentos. Além disso, muda a relação administrativa e burocrática que existe hoje”, explica Patrícia. “A estrutura que temos hoje prevê a existência de um conselho que se reúne, no mínimo, duas vezes por ano, que indica quem é o diretor executivo, sugere duas pessoas para compor a diretoria, dois adjuntos. O ministro da cultura nomeia este diretor eleito pelo conselho. É assim que funciona hoje. E isso pode vir a mudar”, continua a diretora adjunta.

Patrícia ressalta que é importante entender a forma como a Cinemateca se organizou ao longo de sua história. Em sua criação articulou-se como fundação e, quando passou para o governo federal, nos mesmos moldes do Museu Lasar Segal, lutou para ter algumas salvaguardas, como, por exemplo, seu acervo, características que seriam garantidas mesmo quando passasse a ser órgão ligado ao governo federal. “Isso manteria o perfil que se havia conquistado. O conselho é uma destas garantias, uma forma muito particular de se trabalhar. Politicamente, é muito importante este desenho da instituição.”

No dia 4 de abril, Caio Julio Cesário, que passou uma temporada acompanhando o funcionamento da instituição, foi nomeado pelo MinC coordenador geral interino. Pouco depois, deixou o posto e se tornou Coordenador de Fomento da Secretaria de Audiovisual.

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