Chaveiro mora em local de trabalho e teme escorpiões que saem de prédio vizinho
Arlei Jara Correa, 34 anos, é chaveiro e mora na banca onde está localizado seu negócio. O homem decidiu se mudar depois que a banca foi arrombada pela segunda vez há aproximadamente um ano. Agora a preocupação é com os escorpiões que saem dos prédios da frente e visitam o local. Jara conta que decidiu […]
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Arlei Jara Correa, 34 anos, é chaveiro e mora na banca onde está localizado seu negócio. O homem decidiu se mudar depois que a banca foi arrombada pela segunda vez há aproximadamente um ano. Agora a preocupação é com os escorpiões que saem dos prédios da frente e visitam o local.
Jara conta que decidiu viver na banca para se proteger de ladrões. Ele lembra que os dois arrombamentos lhe renderam R$ 5,5 mil de prejuízo entre materiais e consertos. Recuperado da perda, após mais de um ano trabalhando, a preocupação é com os bichos que saem dos prédios que ficam em frente à banca.
Em 3 de dezembro de 2011, um incêndio atingiu a livraria Dom Bosco, a loja de roupas Josi e uma lanchonete na avenida Mato Grosso. Na rua 13 de Maio, o fogo afetou a ótica Villara, um escritório de advocacia e a loja de roupa feminina Karla. Os destroços nunca foram retirados e a sujeira virou criadouro para pestes urbanas.
O chaveiro conta que já encontrou escorpião saindo dos destroços. Desde então dorme com receio de ser picado pelo bicho. Ele conta que ligou para a Defesa Civil e para o CCZ (Centro de Controle de Zoonose), mas até agora nada foi feito.
Segundo ele, o CCZ esteve no local, visitou tudo, mas os destroços não foram retirados. Ele diz não entender porque ninguém faz nada para tirar o entulho do local. Já que é impossível não perceber que ali virou criadouro para as pestes. “Não sei por que ninguém faz nada. Já liguei para todo mundo e nada foi feito. Tenho medo de acordar com um escorpião em cima de mim”, diz.
O homem, inclusive, diz fazer a limpeza se o proprietário autorizar. Ele revela ainda que já entrou em contato com o responsável pelos imóveis que ficou de fazer a intermediação com a proprietária, mas ainda não obteve resposta. “Ele sempre me atende diz que vai resolver, mas até agora não me ligou para dar um parecer”, conta.
Sem solução, ele continua dormindo na banca e esperando que algo seja feito. Já que não pode ele mesmo entrar e fazer a limpeza porque a propriedade é privada e poderia responder por invasão.
Outro lado
Marcos Luis de Oliveira, do CCZ, explicou que esteve no local e fez todos os procedimentos necessários. Ele contou que encontrou focos da dengue no local e fez todos os processos para eliminá-lo. Oliveira diz ainda que encaminhou a demanda para o setor que cuida de escorpiões e disse que o proprietário foi notificado para retirar o entulho.
Segundo o servidor, a notificação foi feita via Semadur (Secretaria Municipal de Maio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Como ele não estava na base, não soube precisar a data exata da notificação e o vencimento dos prazos.
A reportagem tentou entrar em contato com o responsável pelos imóveis e com a Defesa Civil. Mas, nenhum dos dois atendeu às ligações.
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