Carne de cavalo é consumida em vários países; veja os pratos

A presença de DNA de cavalo em hambúrgueres, produzidos em dois frigoríficos irlandeses e em um de Yorkshire, na Inglaterra, causou polêmica. Isso porque a presença do ingrediente não era informada aos consumidores nem sequer constava na relação de itens. Para os compradores, tratava-se de produto feito com carne 100% bovina. Segundo as autoridades dos […]

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A presença de DNA de cavalo em hambúrgueres, produzidos em dois frigoríficos irlandeses e em um de Yorkshire, na Inglaterra, causou polêmica. Isso porque a presença do ingrediente não era informada aos consumidores nem sequer constava na relação de itens. Para os compradores, tratava-se de produto feito com carne 100% bovina. Segundo as autoridades dos dois países, o consumo dos produtos não trazia riscos à saúde, mas eles já foram retirados das prateleiras dos supermercados.

Para os brasileiros, comer carne do equino beira o tabu, mas em outros países faz parte do cardápio, como na França, Bélgica, Itália e países da Ásia, onde a carne de sabor forte e levemente adocicado é apreciada. Apesar do “preconceito”, um restaurante japonês de São Paulo já serviu sushi e sashimi feitos com carne de cavalo.

Restaurantes que servem a carne

No Brasil, o restaurante de culinária japonesa Hideki, de São Paulo, serviu por quase um ano sushi e sashimi de carne de cavalo. Segundo a assessoria de imprensa, teve procura pela curiosidade, mas alguns tinham um certo preconceito, que não os impedia de provar.

De acordo com o chef Hideki Fuchikami, que já trabalhou no Japão por 10 anos, esta carne é a mais consumida por lá depois dos peixes, principalmente na região sul do país. Nas cidades de Kumamoto e Fukuoka, os restaurantes oferecem o sushi e sashimi de carne de cavalo como carro-chefe da casa.

A Salumificio di Franciacorta, na Itália, apresenta uma linha equina, com produtos como carne seca, salame, carpaccio e salsicha. É uma das muitas empresas que oferece os produtos.

Em fevereiro, o bistrô francês La Palette, de Toronto, Canadá, volta a contar com carne de cavalo. O produto foi retirado do cardápio em agosto de 2011 após dúvidas com relação ao transporte dos animais e sua saúde. O prato trazia um filé de carne de cavalo acompanhado de um risoto com cogumelos e vegetais.

Iguarias

De acordo com o jornalista Marcelo Duarte, no livro O Guia dos Curiosos, mesmo com o consumo muito pequeno, o Brasil é um dos maiores exportadores de carne de cavalo do mundo. Entre as iguarias feitas com ela estão almôndegas, salame, mortadela, salsicha, sashimi (carne crua) e carne defumada. Os cortes são semelhantes aos das carnes bovinas: filé mignon, alcatra, contrafilé, fraldinha, patinho, lagarto, coxão duro e coxão mole.

“No Brasil e em países tradicionalmente católicos, a carne já foi fortemente associada ao pecado. É que, por volta do ano 700 d.C., ela era muito consumida em festas pagãs. Por causa disso, a igreja católica proibiu seu consumo. Mesmo depois de liberada aos fiéis, a carne do cavalo continuou longe das mesas católicas por muito tempo”, escreveu o jornalista Marcelo Duarte.

Segundo a Macelleria Equina Pellegrini, na Itália, país onde são comuns açougues especializados, a carne de cavalo tem vantagens em relação à bovina e oferece alto teor de ferro, com 3,9 mg/100 g – quase o dobro de outras carnes – além de apresentar pouca gordura. É de fácil digestão e possui poucas calorias, indicada para quem quer perder peso e tem colesterol alto.

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