Após prefeitura ignorar criança que perdeu visão, família organiza almoço para arcar com despesas

A família de J.G.R, de 5 anos, ainda não conseguiu que a Prefeitura custeasse o tratamento da criança que perdeu a visão após trombar com um arame enquanto estava na escola Municipal Bernardo Franco Baís,no dia 28 de agosto.  Para tentar arcar com parte das despesas, amigos e parentes realizaram um churrasco neste domingo (8). […]

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A família de J.G.R, de 5 anos, ainda não conseguiu que a Prefeitura custeasse o tratamento da criança que perdeu a visão após trombar com um arame enquanto estava na escola Municipal Bernardo Franco Baís,no dia 28 de agosto.  Para tentar arcar com parte das despesas, amigos e parentes realizaram um churrasco neste domingo (8).

De acordo com a mãe de J.G.R, o dinheiro será revertido para pagar as dívidas adquiridas até agora por conta do tratamento da criança. “O dinheiro será para custear os exames e cirurgias que ainda não foram pagos. Tivemos que pegar dinheiro emprestado”, afirma. Somente no último mês, os gastos foram em torno de R$ 3.500.Ela estima que cerca de R$ 8.000 foram arrecadados com o almoço.

J.G.R. foi operada no mesmo dia do acidente na Santa Casa, em regime de urgência. Depois disso, ela passou por outras duas cirurgias para reconstrução do globo ocular. A segunda, que teve valor de R$ 17 mil, ainda não teve o pagamento ao especialista, prometido pelo secretário municipal de Educação. A terceira intervenção cirúrgica, que custou R$ 2.500, teve a viabilização por meio da ajuda de amigos da família. Segundo os médicos, as chances de a menina voltar a enxergar é de 1%.

Além das cirurgias, a família também passou a ter custos com medicamentos calmantes e consultas de um psicólogo. A família de J.G.R. tentou que a Prefeitura viabilizasse o pagamento do tratamento, porém não conseguiu apoio mesmo com a promessa de ajuda do secretário municipal de Educação, José Chadid.

Conforme a mãe da criança, uma nova cirurgia está prevista para ocorrer em fevereiro, porém ainda não têm ideia dos valores. “Saberemos somente quando o médico fizer o pedido”, afirmou. A mãe estima que cerca de 400 pessoas compareceram ao churrasco que teve ingressos vendidos por R$ 20.

 

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