Aos 17 anos, jovem inglesa é diagnosticada com doença rara e descobre que não tem vagina

Aos 17 anos, a jovem inglesa Jacqui Beck ficou “totalmente chocada” ao descobrir que não tinha vagina. Segundo o site inglês Daily Mail, ela foi diagnosticada com uma uma rara condição, chamada de síndrome de Rokitansky, e que se caracteriza pela falta de útero, colo do útero e abertura na vagina. Ela ficou sabendo que […]

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Aos 17 anos, a jovem inglesa Jacqui Beck ficou “totalmente chocada” ao descobrir que não tinha vagina. Segundo o site inglês Daily Mail, ela foi diagnosticada com uma uma rara condição, chamada de síndrome de Rokitansky, e que se caracteriza pela falta de útero, colo do útero e abertura na vagina.

Ela ficou sabendo que tinha a doença depois de ir ao médico com dor nas costas e mencionar que nunca tinha ficado menstruada. Com os resultados dos exames, os médicos concluiram que ela tinha apenas uma “covinha” no lugar onde deveria estar a vagina e, por isso, não era capaz de ter relações sexuais e, consequentemente, engravidar.

Segundo a jovem, a parte externa da vagina era normal por causa desta covinha, por isso nunca tinha desconfiado antes. A síndrome de Rokitansky afeta uma em cada 5 mil mulheres no Reino Unido, segundo pesquisas.

As mulheres com esta doença rara têm as outras partes do corpo e saúde absolutamente normais o que dificulta o diagnóstico, que acaba acontecendo quando elas tentam fazer sexo ou demoram muito a ter a primeira menstruação. “Nunca me considerei diferente de nenhuma outra menina, por isso a notícia foi tão chocante que não pude acreditar e me senti uma aberração”, disse a jovem.

No consultório médico, Jacqui ouviu que poderia ter que passar por cirurgias antes de tentar ter alguma relação sexual. “Sai de lá chorando muito, nunca ia poder dar à luz, ficar grávida, todas as coisas que sempre imaginei fazer de repente foram apagadas do meu futuro. Me senti como se não fosse mais uma mulher de verdade”, afirmou.

Morando sozinha em outra cidade para estudar música, Jacqui ficou tão envergonhada com o diagnóstico que não teve coragem de contar aos amigos e familiares e avisou a mãe através de um email. No entanto, depois do tratamento, começou a se sentir mais confiante e dividiu a notícia com os amigos via Facebook.

Apesar de, desde os 14 anos, ver as amigas terem a primeira menstruação, Jacqui não se preocupou em nunca ter tido uma, pois achava que por ser “alta e magra”, isso poderia fazer parte do desenvolvimento normal do seu corpo.

Ela disse ainda que depois da notícia ficou aliviada de nunca ter tido um namorado porque descobriria a doença de uma maneira ainda mais traumática. “Não foi uma decisão minha nunca ter tido namorado, somente nunca me interessei pelos garotos da minha região, o que é muita sorte, considerando o que sei agora”.

Hoje com 19 anos e uma “romântica incorrigível”, Jacqui não vê a doença pelo lado ruim, mas diz que sua condição a ajudará a achar “o cara”, que a aceite como é. Ela afirma ainda que não esconderá a informação de nenhum dos namorados que vier a ter: “me sinto mais confortável que eles saibam a verdade”.

No entanto, hoje a notícia pode não ser mais tão chocante para o futuro namorado, já que graças ao tratamento ela já pode ter relações sexuais. O tratamento foi feito no Chelsea Hospital, que tem uma área especializada na doença, onde ela passou por sessões de dilatação com diferentes dilatadores para tentar aumentar o canal vaginal. Como o resultado foi satisfatório, a jovem já tem condições de fazer sexo sem ter tido que passar por cirurgia.

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