Alta no preço do boi já chega aos açougues, que usam promoções para segurar vendas
Alta no preço varia de acordo com os cortes e a tendência é seguirem os aumentos até a virada do ano, segundo comerciantes. Clientes reclamam e correm atrás de promoções que aliviam os custos.
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Alta no preço varia de acordo com os cortes e a tendência é seguirem os aumentos até a virada do ano, segundo comerciantes. Clientes reclamam e correm atrás de promoções que aliviam os custos.
O seu churrasco está mais caro. O preço da carne subiu em Campo Grande, segundo pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande, o corte do peito do bovino foi o que mais aumentou. A reportagem passou por dois açougues para ver como os comerciantes e os clientes estão se adaptando a nova realidade.
Num açougue da avenida Mato Grosso, o contrafilé que antes custava R$ 17,29 o quilo subiu para R$ 18,99. O coxão duro também foi de R$ 13,49 para R$ 14,99. De acordo com o gerente do estabelecimento, Flávio Bortoletto, o aumento foi de 10 a 20% dependendo do corte. “Esse aumento vem desde agosto e agora estabilizou o preço do carne, que deve diminuir após o final do ano por questão de mercado”, explica.
O gerente contou que antes trabalhavam com cinco fornecedores e após o preço subir, estão trabalhando apenas com três. “Temos que nos adaptar, o aumento afetou o movimento do açougue”, revela.
Mas Bortoletto já tem cartas na manga: diminuiu a margem de lucro e diversificou produtos. “Não repassamos todo o aumento para o cliente e diversificamos os produtos, comprando frangos que estão mais baratos”. A tendência é ainda, para diminuir o choro do cliente, fazer promoções neste mês. “É outra solução”, diz o gerente.
Em outro açougue, no bairro Coronel Antonino, o movimento também caiu. “A queda foi grande”, revela o gerente Emerson Jesus. Ele conta que a tática do local é ganhar menos em cima da carne. “Se antes ganhávamos 40 por cento em cima da carne agora ganhamos 30, 25, para o cliente não sentir tanto o baque”, explica.
Segundo Emerson, as carnes de primeira linha (contrafilé, alcatra) foram as que mais subiram de preço. “Tem carne que subiu mais que três reais o quilo”, diz.
Churrasco mais caro
Ramão Ribeiro, 32, é dono de conveniência e reclamou do aumento do preço das carnes. “Subiu demais. Ainda mais para fazer churrasco, ficou bem mais caro. Tem carne que o quilo está mais de três reais mais caro, como a maminha”, declarou.
O maestro Orion Cruz, 43, também sentiu a diferença. “O coxão mole, a alcatra, subiram mais que um real o quilo de cada”, conta. Orion ainda revelou que a coisa fica pior nos supermercados. “Fui esses dias a um mercado, tinha carne que estava sete reais mais cara. Até a terça da carne, que era para ser uma promoção, está com um preço absurdo”, finalizou.
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