Venda de remédios genéricos bate recorde e Capital e acompanha crescimento
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O diferencial do medicamento genérico, que além do preço inferior oferece testes de qualidade, como fórmula idêntica a original e mesmo efeito, o que agrada também a classe médica, já fez com que o remédio chegasse a um índice recorde, de 25,4%, nos três primeiros meses do ano de 2012, segundo a Pró Genéricos. E a Capital sul-mato-grossense acompanha essa evolução.
“Sempre tinha de vir a cidade para comprar remédio e antes nem perguntava os preços. E agora, depois que conversei com uma farmacêutica e descobri os benefícios, só vou pedir pelo genérico”, afirma o lavrador Ângelo Benites, 69 anos.
No mesmo pensamento, a agente de telemarketing Brunielly Dias, 20 anos, conta que respeita sempre a prescrição médica. “Se o médico disser que não tem problema algum, vou pelo genérico. Respeito sempre o que o profissional diz”, conta Dias.
Preço
Em uma farmácia no centro de Campo Grande, onde mais de 200 variedades de genéricos são vendidas, a gerente do local, Elisângela Guardiano fala dos preços. “O diclofenaco, por exemplo, custa R$ 13,40. Ele é genérico do Voltarem, que custa R$ 24,63. E temos também o Tylenol gotas, que custa R$ 15,47, sendo que o genérico, que seria o Paracetamol em gotas custa R$ 5,92”, fala Guardiano.
Princípio Ativo
Com relação a criação do produto, o presidente interino do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Ronaldo Abrão, diz que o medicamento tem que ser realmente uma cópia perfeita. “Tem de conter as mesmas substâncias e princípio ativo do remédio ‘de marca’. E, com o valor mais baixo, os remédios originais baixaram os preços em Campo Grande, assim como em todo o país”, afirma Abrão.
O percentual de aumento de 25,4% representa o comércio de 152,8 milhões de unidades em todo o país, uma alta de 23,5% frente aos três primeiros meses de 2011. Nas indústrias de genéricos, as vendas somaram R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre de 2012, frente o R$ 1,7 bilhão observado no mesmo período do ano passado, alta de 35,4%.
Além dos medicamentos genéricos, o presidente do CRF/MS diz que são vendidos os remédios similares. “Estes medicamentos são também cópias dos originais, mas não são feitos com base em testes. Isso não é um indicador de boa qualidade e a tendência é que até 2014 eles acabem, já que há uma relação concreta na qualidade destes produtos”, explica o presidente da CRF/MS.
Com o crescimento dos genéricos, o presidente alega que as pessoas não podem deixar de respeitar as prescrições médicas. “Não é por porque o remédio está mais barato que podemos nos medicar em excesso, trazendo a automedicação e a contaminação médica” fala o presidente da CRF/MS.
Já em relação ao mercado farmacêutico total, a variação não foi tão expressiva. As vendas totais da indústria cresceram 10% no período. O conjunto da indústria registrou vendas de 598,7 milhões de unidades entre janeiro e março de 2012, contra 544,3 milhões em igual período de 2011, configurando alta de 10%.
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