Vencedor do BBB pode ter sucesso com pecuária, diz consultor

O sulmatogrossense Rafael Alves Cordeiro, o Fael, vencedor da 12ª edição do Big Brother Brasil, ganhou fama e um empurrão e tanto para fazer fortuna. O prêmio de R$ 1,5 milhão que ele recebeu por ter sido o escolhido do público pode ser usado de diferentes maneiras. Uma delas é empreender, conforme o economista Ricardo Cintra – professor de pós-graduação da Trevisan Escola de Negócios.

“Para indicar o perfil de empresa ideal para o ex-BBB seria necessária uma consultoria presencial. Porém, conhecendo um pouco o perfil do rapaz já é possível levantar algumas possibilidades”, diz o economista.

O primeiro passo é identificar se Fael tem perfil arrojado ou mais conservador. O professor salienta que “dificilmente alguém é 100% destemido ou 100% a favor da estabilidade”. O mais comum é que essas duas características coexistam. Mas esse fator é importante para avaliar até que ponto o futuro empreendedor está disposto a correr riscos – uma vez que os riscos fazem parte de qualquer negócio, mas há tipos de empresas e segmentos considerados mais seguros.

“Por ter participado de um reality como o Big Brother Brasil e ter aceitado submeter-se a tamanha exposição, Fael é do tipo que aceita correr mais riscos”, avalia Cintra.

A partir disso, recomenda o professor, seria interessante que o vencedor do BBB investisse parte do dinheiro que conquistou em um negócio que lhe seja familiar. “Essa é uma dica importante para todos que desejam empreender. Não basta ter dinheiro para começar. É imprescindível conhecer o segmento de atuação, se possível por meio de alguma experiência anterior”, pondera.

Investir em pecuária é opção familiar

Com base nas informações públicas sobre o ex-BBB, Cintra diz que uma área que tem a ver com ele é a pecuária. “Um negócio interessante seria comprar uma fazenda e virar produtor. Apesar de muitas pessoas acharem que não, fazenda é, sim, uma empresa: tem CNPJ, contador, controle de qualidade, negociação e outros itens inerentes a qualquer negócio”, afirma.

“A cidade onde ele vive é essencialmente rural. Então, é de se supor ele conheça agricultores e pecuaristas”, diz.

A área de atuação da fazenda poderia variar. O jovem milionário teria à sua disposição desde atuar com compra e venda de gado de corte a produção e comercialização de itens agrícolas.

Já se o objetivo do caubói for investir em um negócio urbano, Cintra sugere que ele contrate profissionais que dominem o setor de atuação em que pretende investir. “Enveredar pelo caminho da própria especialização, fazendo cursos, é sempre recomendável, mas creio que ele não estará maduro o suficiente antes de 10 anos. Por isso o melhor é se tornar sócio de quem conhece bem o mercado pretendido”, afirma.