Vale é condenada a pagar R$ 1 mi a funcionária atacada por onça

O juiz Mauro Roberto Vaz Curvo, da 1º vara do Trabalho de Paraopebas, no Pará, condenou a mineradora Vale ao pagamento de uma indenização de R$ 1 milhão a uma auxiliar de serviços gerais que foi atacada por uma onça enquanto trabalhava na unidade da empresa na Serra do Carajás. A Vale ainda pode recorrer […]

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O juiz Mauro Roberto Vaz Curvo, da 1º vara do Trabalho de Paraopebas, no Pará, condenou a mineradora Vale ao pagamento de uma indenização de R$ 1 milhão a uma auxiliar de serviços gerais que foi atacada por uma onça enquanto trabalhava na unidade da empresa na Serra do Carajás. A Vale ainda pode recorrer da decisão.

No processo a funcionária alegou que seguiu a pé da lavanderia onde trabalhava até o refeitório da empresa juntamente com uma colega quando foi atacada por uma onça suçuarana na cabeça. Além disso, ela ficou ferida no rosto e no pescoço. A funcionária disse que foi salva por um carro da empresa que chegou afugentando o animal. Após sofrer graves ferimentos, ela ficou hospitalizada por dez dias.

Conforme a decisão, a Vale alegou no processo que não tinha qualquer culpa sobre o acidente pois não é responsável pelo gerenciamento da região e que a funcionária correu o risco ao resolver seguir para o trajeto a pé, sem utilizar o veículo concedido pela empresa.

O juiz considerou que a empresa foi responsável pelo acidente e que a empresa não poderia alegar que o ataque ocorreu de forma imprevisível. “O desmatamento provocado pela reclamada, com o intuito de explorar os minérios da região além de constituir um fator de extermínio dos animais silvestres que habitam a referida região, predispõe o ataque de felinos, inclusive contra seres humanos”, diz a sentença.

Procurada, a Vale afirmou que foi condenada solidariamente a indenizar a empregada da TopGeo Topografia e Serviços Ltda, sua contratada, e que o assunto ainda está sendo discutido na esfera judicial.

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