Uruguai pede que Brasil aposte em “volta às origens do Mercosul”

O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta quinta-feira, logo após chegar de viagem oficial ao Brasil, que um de seus objetivos com a visita foi pedir para a presidente Dilma Rousseff apostar numa “volta às origens do Mercosul”. “Estamos pedindo para que a circulação de mercadorias e de pessoas seja uma coisa cotidiana, como […]

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O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta quinta-feira, logo após chegar de viagem oficial ao Brasil, que um de seus objetivos com a visita foi pedir para a presidente Dilma Rousseff apostar numa “volta às origens do Mercosul”.

“Estamos pedindo para que a circulação de mercadorias e de pessoas seja uma coisa cotidiana, como foi estabelecido no Tratado de Assunção. Teremos que verificar tarifas locais, é preciso estudar linha por linha, mas apostamos em dar um passo adiante”, expressou o presidente em sua chegada ao aeroporto de Montevidéu.

Mujica lamentou que o documento, que deu origem ao Mercosul, “um nobre sonho de nossos antepassados”, tenha ficado “congelado” e salientou seu desejo de “aprofundar” esse caminho “diante das dificuldades”.

“Estamos tentando discutí-lo, transformá-lo, para que a circulação de mercadorias e de pessoas seja uma coisa cotidiana, como estava proposto na formação do Mercosul”, reiterou.

Durante sua visita a Brasília, Mujica discutiu com Dilma alternativas para abrir mercados, aproveitar a capacidade de consumo do Brasil e encorajar os investimentos em seu país, algo em que o Uruguai encontrou “franca compreensão e vontade política”.

Nesse sentido, ambos países concordaram em alimentar a cooperação em ciência e tecnologia, a integração das bases de produção e a interconexão na área energética.

As medidas protecionistas estabelecidas pelo governo da Argentina, parceiro do Uruguai no Mercosul ao lado de Brasil e Paraguai, despertaram nas últimas semanas duras críticas ao funcionamento do bloco, tanto por parte de empresários como do executivo uruguaio.

O Uruguai chegou a considerar as medidas uma “violação” aos acordos do Mercosul.

 

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