Thor Batista é indiciado por homicídio culposo por atropelamento no Rio

A Polícia Civil indiciou nesta sexta-feira (11) o filho do empresário Eike Batista, Thor Batista, pelo crime de homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – no inquérito que investigava o atropelamento e a morte de um ciclista na Rodovia Washington Luís, ocorrido em março deste ano. De acordo com laudo feito […]

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A Polícia Civil indiciou nesta sexta-feira (11) o filho do empresário Eike Batista, Thor Batista, pelo crime de homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – no inquérito que investigava o atropelamento e a morte de um ciclista na Rodovia Washington Luís, ocorrido em março deste ano.

De acordo com laudo feito pelo Departamento Geral de Polícia Técnico-Científica, Thor Batista dirigia sua Mercedes-Benz SLR McLaren a 135 km/h quando atropelou Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos. A velocidade máxima permitida para veículo de passeio na rodovia no trecho em que houve o acidente é de 110 km/h. Segundo o laudo, a conclusão foi obtida “com base na aplicação de leis físicas oriundas da mecânica newtoniana”.

O inquérito concluído pela 61ª DP (Xerém) vai ser entregue na próxima segunda-feira (14) ao Ministério Público. Os promotores do órgão vão decidir, então, se Thor Batista será ou não denunciado à Justiça. Em nota enviada à imprensa, a defesa do filho de Eike Batista contestou o método utilizado pela perícia da Polícia Civil para determinar a velocidade em que estava seu cliente.

“É inaceitável e causa indignação, uma vez que desacompanhada de qualquer método ou cálculo explicativo”, informa o comunicado. “Da forma como lançada no documento, a velocidade é uma afirmação que se traduz em peça de ficção científica, sendo impossível compreender, inclusive, como os peritos chegaram ao resultado”, completa.

Para a defesa, só há um método confiável para efetuar a estimativa de velocidade utilizada: o método Sirle, que leva em consideração a distância entre o corpo da vítima e o local do acidente. “Desta forma, confiamos no arquivamento do inquérito policial, tendo em vista que Thor Batista não deu causa ao trágico acidente”, informa a nota.

Relembre o caso

Thor Batista atropelou na noite do dia 17 de março o ciclista Wanderson Pereira dos Santos na Rodovia Washington Luís, na altura do km 101, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A vítima morreu no local.

O filho de Eike Batista estava acompanhado de um amigo no momento do atropelamento. Policiais rodoviários federais realizaram o teste do bafômetro em Thor, mas o resultado foi negativo. A documentação do Mercedes SLR McLaren também foi checada pelos agentes e estava em dia.

Na ocasião, a assessoria de imprensa do Grupo EBX, de Eike Batista, chegou a enviar uma nota à imprensa informando que a vítima atravessava a rodovia e Thor dirigia dentro da velocidade permitida.

Dia depois, a Polícia Civil divulgou que o laudo de exame toxicológico indiciou a presença de álcool no sangue de Wanderson. Para o delegado responsável pelas investigações, a hipótese mais provável é de que o ciclista trafegava pelo meio da pista quando foi atropelado.

No início de maio, o nome de Thor voltou aos noticiários depois que sua Ferrari foi apreendida em uma blitz por estar sem a placa dianteira. O veículo só possuía identificação traseira, o que configura irregularidade para o Detran.

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