Seis em cada dez paulistanos gostariam de mudar de cidade

Seis em cada dez moradores de São Paulo (56%) estão insatisfeitos por viver na cidade e, se pudessem, mudariam para outro lugar, mostra pesquisa do Ibope em parceria com a Rede Nossa São Paulo, divulgada nesta quarta-feira. No ano passado, esse número era de 51%. O índice faz parte dos Indicadores de Bem-Estar do Município […]

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Seis em cada dez moradores de São Paulo (56%) estão insatisfeitos por viver na cidade e, se pudessem, mudariam para outro lugar, mostra pesquisa do Ibope em parceria com a Rede Nossa São Paulo, divulgada nesta quarta-feira. No ano passado, esse número era de 51%. O índice faz parte dos Indicadores de Bem-Estar do Município (Irbem), calculados anualmente com base em 169 quesitos relacionados a segurança, educação, saúde, transporte e confiança nas instituições.

O indicador geral de bem-estar na cidade em 2011 ficou em 4,9, em uma escala de 1 a 10 (nível máximo de satisfação). Em 2010, o indicador era de 5 e, em 2009, de 4,8. “É uma insatisfação geral, consistente e homogênea”, disse a diretora do Ibope, Marcia Cavallari, ao apresentar o estudo.

Das 25 áreas avaliadas pelo indicador, dezenove receberam notas abaixo da média, de 5,5. As piores notas foram para igualdade social, acessibilidade para pessoas com deficiência e transparência e participação política. Entre os 169 itens que compõem o Irbem, 74% foram avaliados abaixo da média.

Os dados foram apresentados a pré-candidatos à prefeitura de São Paulo que participam de um debate nesta quarta-feira, no centro da capital paulista. Gabriel Chalita (PMDB), Netinho de Paula (PCdoB) e Soninha Francine (PPS) estão presentes. PT, PV e PSOL mandaram representantes. Nenhum dos quatro pré-candidatos do PSDB tinha se apresentado até 11h45.

Fatores – Segundo a pesquisa, em 2011 aumentou entre os paulistanos o temor de assaltos, roubos e atropelamentos. A sensação de insegurança cresceu. Em 2010, 24% consideravam a cidade “nada segura”. Em 2011, o número passou para 35%.

No serviço público de saúde, o tempo médio de espera para atendimento segue alto. Os paulistanos esperam em média 52 dias por uma consulta, 65 dias para fazer um exame e 146 dias para fazer procedimentos complexos, como cirurgias. No serviço privado de saúde o tempo médio de espera para uma consulta é de 15 dias, para exames, de 17 e para cirurgias, de 39.

Em baixa – A desconfiança em relação às instituições públicas, que já era alta, aumentou. A Câmara de Vereadores de São Paulo é a instituição com pior avaliação – 69% dos entrevistados não confiam no trabalho da instituição. Em seguida estão a Prefeitura, com 64% e o Tribunal de Contas do Município (TCM), com 63%. Os mais bem avaliados foram o Corpo de Bombeiros (86%), Correios (81%), Metrô (74%) e a Companhia de Saneamento – Sabesp (70%).

A avaliação do poder público municipal também está em queda acentuada – como, aliás, já mostravam os índices de popularidade do prefeito Gilberto Kassab (PSD). De acordo com a pesquisa, 30% consideram a administração atual ruim ou péssima.

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