Saiba como usar o Sisu para ingressar em um curso superior em instituição pública
Com a nota do Enem em mãos, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é a porta de entrada para uma das cerca de 200 mil vagas, somando a seleção de primeiro e segundo semestre, em universidades públicas federais ou estaduais que utilizam somente a nota do exame em sua seleção. O quinto artigo do Guia […]
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Com a nota do Enem em mãos, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é a porta de entrada para uma das cerca de 200 mil vagas, somando a seleção de primeiro e segundo semestre, em universidades públicas federais ou estaduais que utilizam somente a nota do exame em sua seleção. O quinto artigo do Guia do Enem vai ajudar você a tirar o melhor proveito do sistema.
O Sisu abre as inscrições duas vezes ao ano. Você pode escolher duas opções de curso, que podem ser na mesma universidade ou em universidades diferentes, e que podem ser em cursos iguais ou diferentes. Você terá que escolher qual curso quer que fique no sistema como primeira opção e qual quer como segunda opção.
Imagine que no primeiro dia em que abriram as inscrições, você já fez a sua. O Sisu irá parar o sistema à meia-noite e reabri-lo no outro dia pela manhã. Quando reabrir, você já conseguirá saber qual seria a nota de corte daquele curso se a seleção tivesse acabado no dia anterior. Se um curso, por exemplo, tem 50 vagas, a nota de corte é o número de pontos que, no dia anterior, tinha o aluno que estava na colocação 50, e que ocupou a última vaga. Se sua nota for maior que a dele, você está, até aqui, entre os 50 aprovados. Se não, você ainda não está na lista de aprovados. Isso vai mudando todos os dias porque os candidatos vão trocando de cursos e também porque o sistema recebe mais candidatos a cada dia. Quando o sistema fecha no último dia, a nota de corte costuma estar bem acima daquela que apareceu no segundo dia de inscrições.
Qual a diferença entre minha primeira e minha segunda opção?
A sua primeira opção é considerada, pelo Sisu, como a definitiva. Se você passar nela, sua segunda opção é descartada e, mesmo que você não vá fazer sua inscrição na universidade, caso passe nesta opção, o Sisu não te chamará mais e não permitirá sua inscrição na lista de espera.
Já sua segunda opção funciona mais ou menos como uma segurança para quem ainda tem esperanças de passar em um curso ou universidade preferida, mas não quer correr o risco de ficar de fora de uma das vagas oferecidas. Quem passa na segunda opção, indo ou não matricular-se no curso que passou, continua concorrendo à vaga que escolheu como primeira opção.
A lista de interesse deve ser objeto de muita atenção dos alunos. O Sisu faz duas chamadas e nelas valem suas duas opções. A partir da terceira chamada, as responsáveis por convocar os candidatos são as próprias universidades. O Sisu só manda para as universidades a lista de candidatos que estão esperando vagas, aqueles que declararam interesse em continuar concorrendo.
O aluno só pode declarar interesse pela vaga que foi a sua primeira opção. Mesmo que ele já esteja matriculado no curso que indicou como segunda opção, ele pode declarar seu interesse e ficar atento para as chamadas que serão feitas pela própria instituição (escolhida como primeira opção).
A lista vale a pena para milhares de alunos de todo o Brasil. Para quem não sabe, a cada chamada só cerca de 50% dos alunos aprovados aparecem, efetivamente, para fazer suas matrículas. Há uma grande variação nessa porcentagem se considerarmos os cursos e universidades, mas temos casos, como o do curso de medicina da Universidade Federal do Acre em 2011, em que nenhum aluno aprovado em primeira chamada apareceu para fazer a matrícula.
Infelizmente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) não divulga as notas de corte do último dia de inscrição do Sisu. Isso ajudaria muito os alunos a fazerem suas estratégias de prova. Também é importante ressaltar que, mesmo se soubéssemos as notas de corte de todos os cursos do Sisu, elas não nos dariam a referência de qual foi a nota daqueles que foram chamados a partir da terceira chamada, que hoje representa boa parte dos alunos que conquistam uma vaga na universidade pública pelo Sisu. Em algumas universidades, ou com amigos que já participaram do processo e até mesmo conquistaram uma vaga, você consegue alguns dados sobre estas notas de corte.
Lembrem que elas são somente para referência, e que algumas universidades dão pesos diferentes para determinada área ou para redação, além de alguns tipos de bônus, o que faz com que a nota não seja a simples soma das notas de todas as provas do Enem, mais a redação, dividida por cinco. Algumas universidades que atribuíam pesos diferentes para algumas provas, ou utilizavam algum tipo de bonificação, podem manter estes critérios ou mudá-los. Então, mesmo com estas notas de corte de referência, e resolvendo a prova de 2011, além de comparar seus acertos com nossas tabelas, é aconselhável que você procure e leia o edital para o Sisu-2011 da universidade de sua preferência, para que você possa entender como era a regra específica dela no ano referido. Assim você poderá ter mais dados que ajudem nas suas decisões sobre como e o que estudar para o Enem.
Estudei em escola pública, tenho direito a concorrer às cotas no Sisu?
Embora o Supremo Tribunal de Justiça tenha julgado as cotas sociais, que permitem que alunos oriundos de escolas públicas tenham algum tipo de vantagem em relação aos alunos de escolas privadas (como compensação à enorme desvantagem que separam estes alunos na hora de disputarem uma vaga na Universidade Pública), esta não foi uma decisão que obrigou as universidades públicas a aderirem a algum tipo de ação social na hora de selecionar.
Isto deve acontecer agora em no máximo quatro anos, que é o tempo que cada universidade federal tem para se adaptar à lei, já sancionada pela presidenta Dilma, que garante que 50% dos alunos de cada instituição sejam oriundos de escolas públicas, com renda per capita de até um salário mínimo e meio e que em cada Estado respeite-se, dentro dos 50% de cotas, a proporcionalidade local, com cotas, para negros e indígenas.
Mesmo sem serem obrigadas, boa parte das universidades públicas participantes do Sisu adotam sistemas de cotas em que os alunos acabam por precisar de notas menores que os oriundos de escolas particulares para conquistar uma vaga na universidade.
Pesquisadores da Uerj demonstraram que, em 2010, mais de 70% das universidade públicas brasileiras já adotavam algum tipo de cota social ou bônus para estudantes de escolas públicas. Com o entendimento do Supremo Tribunal de Justiça que estas cotas não são ilegais e com a consolidação de tal política de compensação, a tendência é que isto aumente rápido, tanto na proporção de universidades que utilizam algum tipo de sistema parecido, como no tamanho desta política afirmativa em cada universidade, mesmo antes dos 4 anos exigidos para que cada instituição adapte-se à lei.
Vamos falar de alguns exemplos onde você poderá encontrar, no Sisu, formas diferenciadas de seleção para alunos que vieram de escolas particulares e alunos de escolas públicas. As cotas sociais, no Brasil, ainda privilegiam o critério do aluno ser oriundo de escola pública, mas também temos cotas para alunos afrodescendentes e, mesmo que em minoria, para alunos indígenas.
Em alguns casos uma parcela das vagas são destinadas para a concorrência somente dos alunos que vieram de escolas publicas. Entre estes, na UFABC 50% das vagas são para alunos de escolas publicas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 30%, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) 20%, na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) 30%, na Universidade Federal do Piauí (UFPI) 20%, entre outros casos.
Negros possuem o direito de concorrer a 10% das vagas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 28,3% das que a Universidade Federal do ABC (UFABC) destina para alunos da rede publica e 35% das que a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) destina para o mesmo publico, entre outras. Indígenas concorrem a 0,1% das vagas na UFABC e a uma vaga na UFSCAR, entre outras pequenas e tímidas políticas de acesso, ao ensino superior, para indígenas.
Algumas universidades utilizam sistemas de bonificação para estudantes de escolas públicas e/ou para alunos afrodescendentes. Neste sistema é dado um adicional à nota do candidato calculada pelo Sisu (sempre lembre que sua nota não é, sempre, a simples divisão por cinco das notas que teve no Enem). As universidades podem adotar critérios diferentes de calcular estas notas, e também podem mudá-los a qualquer momento). Entre as universidades públicas que selecionam pelo Sisu e adotam modelos de bonificação estão a Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Universidade Federal Fluminense (UFF).
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