Retrospectiva: Deputado desafaba e diz que ‘André passa, enterra e põe cruz’ em quem não o obedece

ABRIL – Em longo desabafo à imprensa na manhã do dia 25 de abril, o deputado estadual Diogo Tita (PPS) relatou o poder de fogo do governador André Puccinelli (PMDB) e sua impiedade com os aliados que não o atendem. Segundo ele, o chefe do Executivo “manda em tudo”, inclusive na Assembleia Legislativa, e elimina […]

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ABRIL – Em longo desabafo à imprensa na manhã do dia 25 de abril, o deputado estadual Diogo Tita (PPS) relatou o poder de fogo do governador André Puccinelli (PMDB) e sua impiedade com os aliados que não o atendem. Segundo ele, o chefe do Executivo “manda em tudo”, inclusive na Assembleia Legislativa, e elimina quem se arriscar a enfrentá-lo.

“O André passa, enterra e põe cruz e vai embora”, declarou Tita sobre o comportamento do governador com quem não o atende. Ele, no entanto, não deixou de ressaltar a competência de Puccinelli, mas destacou sua frieza. “É trabalhador, trabalha 18 horas por dia, só que o governador é duro”, lamentou.

Segundo Tita, quem decide sobre a aprovação de projetos na Assembleia é o governador.  Indagado sobre como o chefe do Executivo alcançou tal domínio, ele disse que “matando os outros (que o ameaçam)”. “O André é número, olha você e diz Tita você é meu amigo, deixa eu ver o seu número. É igual o Bradesco, minha conta é 108/4”, acrescentou sobre o fato de o governador nortear suas decisões por pesquisas e pelo poder financeiros das pessoas.

“Não compensa ser deputado”

O desabafo de Tita também passou pela Assembleia. Segundo ele, depois de onda de denuncismo, “a fonte secou” e não existem mais recursos disponíveis para atender a base eleitoral.

“Hoje aqui não dá para manter as pessoas que acreditaram em mim, me elegeram e agora me cobram, mas não cobram eficácia parlamentar, cobram ajuda para não deixar o filho morrer”, disse relatando inúmeros pedidos por vagas em hospital, por exames de tomografia, ultrassom e outros. “Se eu não fizer isso, eu sou um bosta, sou um péssimo parlamentar’, explicou.

Segundo Tita, antes de onda de denuncismo que desmontou suposto esquema de pagamento de propina a autoridades do Estado, o deputado tinha dinheiro para atender suas bases e ajudar a eleger prefeitos e vereadores.

“Agora, não compensa ser deputado, a não ser se você for um grande empresário, com recursos de outras fontes”, finalizou o deputado que em, 7 de outubro, perdeu a disputa pela Prefeitura de Paranaíba.

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