“Reincidência de adolescentes no crime pode diminuir com mais empregos”, diz promotora
Antecipando a medida do Sinase, promotorias buscam sensibilizar governo e classe privada para dar mais oportunidades aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Mato Grosso do Sul
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Antecipando a medida do Sinase, promotorias buscam sensibilizar governo e classe privada para dar mais oportunidades aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em Mato Grosso do Sul
A criação de mais órgãos que empregam adolescentes e os encaminham ao mercado de trabalho na Capital, como o Instituto Mirim e o Seleta, seriam uma das soluções para a falta de oportunidade para adolescentes, segundo o Promotor da Infância e Juventude, Sérgio Fernando Harfouche. Atualmente há 12 mil em espera, incluindo os jovens infratores que passam por internação e sofrem ainda mais preconceito por conta dos delitos cometidos.
“No banco de vagas para adolescentes em Campo Grande há 1,5 mil vagas disponíveis. É pouco mais de 10% do necessário. Então o governo e a iniciativa privada devem disponibilizar a profissionalização e mais vagas no mercado de trabalho. O adolescente infrator precisa ser internado e ao mesmo tempo trabalhar, para ter o seu dinheiro lícito e aprender uma profissão”, afirma o promotor
Integração dos órgãos
A favor das parcerias e antecipando a medida prevista na Lei 12.011 do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), a ser votada em abril deste ano, a Promotora da Infância e Juventude, Vera Aparecida Vieira, conta que o objetivo é evitar a reincidência de adolescentes no crime, percentual que chega a 50% em casos graves (latrocínio, estupro e homicídio).
“O adolescente que cumpre medidas socioeducativas de internação, quando for beneficiado com a progressão, para medida de prestação de serviços a comunidade ou liberdade assistida, deve ser encaminhado com o PIA (Plano de Atendimento Individual). O objetivo é que a equipe técnica (assistentes sociais e psicólogos) tenham o histórico da vida do adolescente, na hora de realizar o atendimento”, explica a promotora, que possui dez anos de atuação na área.
Família desestruturada
Além da oportunidade de cursos e inserção no mercado, a promotora acredita que os técnicos devem realizar visitas constantes a família do interno. “Ontem fizemos uma reunião com o Juiz Roberto Ferreira e esse tema foi muito discutido. Às vezes um adolescente é recuperado, mas volta ao convívio da sociedade e encontra a família toda desestruturada. Os pais, se desempregados ou usuários de drogas, tem de ser encaminhados ao mercado de trabalho e tratamento médico, assistidos pelo governo, para que o adolescente volte para casa e conviva em um ambiente saudável”, avalia a promotora.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
CNDI aprova moção crítica à elevação dos juros pelo Banco Central
A elevação da Selic para 12,25% ao ano foi criticada pelo setor produtivo
Investigação do RS contra lavagem de dinheiro do narcotráfico tem mandado cumprido em MS
A ofensiva contou com apoio operacional de 200 policiais civis gaúchos e de outros quatro Estados
Caminhão carregado de cerveja derruba carga; população tenta saquear as bebidas
Não houve feridos, segundo a Polícia Rodoviária Federal
Polícia realiza fiscalização contra furto de gado e crime ambiental no Pantanal
Foram realizados levantamentos aéreos e terrestres em propriedades rurais
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.