Profissionalização do setor é o caminho para aumentar produção de ovinos em MS

O rebanho de ovinos no país permanece o mesmo desde 1970. Enquanto que a produção de bovinos passou de 78 milhões de cabeças para aproximadamente 210 milhões em 2010, a de ovino se manteve em 70 milhões. Os números de devem a pouca profissionalização do setor. Segundo o superintendente do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), […]

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O rebanho de ovinos no país permanece o mesmo desde 1970. Enquanto que a produção de bovinos passou de 78 milhões de cabeças para aproximadamente 210 milhões em 2010, a de ovino se manteve em 70 milhões. Os números de devem a pouca profissionalização do setor.

Segundo o superintendente do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Clodoaldo Martins Jr., o problema é que o setor ainda precisa se profissionalizar. Ele explica que os produtores ainda trabalham de forma muito amadora e com isso não conseguem chegar aos padrões exigidos pelos frigoríficos e vender a carne, o que muitas vezes, desestimula a criação.

Para se ter uma ideia, em 2008 foram abatidos 15.712 animais, de forma inspecionadas. Neste ano os abates chegam a 8.798. Fazendo uma média é possível observar que não houve um aumento significativo de abates inspecionados.

Para resolver o problema e estimular o setor em Mato Grosso do Sul – estado que já conta com um rebanho de 700 mil cabeças, ocupando o posto de 8° maior do país, o Senar em parceria com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) e a Funar está realizando um ciclo de palestras sobre atual conjetura da ovinocultura, manejo, linhas de financiamentos, gestão e inserção no mercado.

De acordo com Clodoaldo, primeiro é preciso mostrar ao produtor a importância da profissionalização. Depois o Senar vai oferecer cursos gratuitos de capacitação. O superintendente explica que os produtores devem procurar o Sindicato Rural de suas cidades, ou acessar o site do Senar para ter mais informações sobre os cursos.

A capacitação e a extensão rural são o caminho para o sucesso, diz o produtor Pérsio Aílton Tosi. Criador de bovino e ovino ele conta que não precisa modificar o manejo do boi para introduzir as ovelhas. Na fazenda dele, os dois animais são criados juntos, apesar de ter optado por pastos diferentes, é possível fazer a criação em consórcio.

O produtor conta ainda que tudo é aproveitado. “A ovelha é um bicho sagrado”, diz sobre como é vantajosa a ovinocultura.

O presidente da Arco (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos) Paulo Afonso Schawab, que abriu o encontro hoje com a palestra “Situação atual e importância da ovinocultura no Brasil” contou que a carne de ovelha está muito valorizada. A arroba, por exemplo, custa entre R$ 120 e R$ 150, valor bem acima da arroba do boi, que sai em média R$ 90. Ele conta ainda que o país tem algumas vantagens e que é preciso explorar isso.

Mais informações Casa Rural 3320-6925.

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