Procuradora chega a Mato Grosso do Sul para dialogar sobre demarcação de terras

Gilda Pereira de Carvalho esteve em Campo Grande para conversar com membros da Polícia Federal e segue, ainda hoje, para Amambai, para verificar a situação dos indígenas na região.

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Gilda Pereira de Carvalho esteve em Campo Grande para conversar com membros da Polícia Federal e segue, ainda hoje, para Amambai, para verificar a situação dos indígenas na região.

A Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF), Gilda Pereira de Carvalho, esteve nesta segunda-feira (26) em Campo Grande e passou na sede da Polícia Federal para uma reunião com o superintendente regional. Ela segue ainda hoje para Amambai para verificar de perto a situação dos indígenas na região sul de Mato Grosso do Sul.

Na saída da reunião, ela conversou rapidamente com a imprensa e disse que veio à Campo Grande para saber sobre o andamento de investigações envolvendo indígenas. A procuradora falou também sobre a questão das demarcações, mas limitou-se a comentar que em um estado democrático de Direito, as terras são todas da União e serão de quem a Justiça decidir favoravelmente – ou dos índios, ou dos fazendeiros.

Ela confirma que um dos motivos que a trouxe para Mato Grosso do Sul foi a carta aberta à sociedade, escrita por kaiowás e guaranis de Pyelito Kue, indicando que cometeriam suicídio coletivo caso a questão das terras não fosse resolvida.

“É uma situação preocupante e que foi tão grave que teve repercussão nacional. É sim um dos motivos que me trazem aqui”.

Ela fica até esta quarta-feira (28), com a comissão do MPF (Ministério Público Federal).

Para a presidente da Copai, Sámia Roges Jordy Barbieri, a vinda da Comissão do MPF é uma oportunidade única. “Se eles estão vindo é para resolver. Isso mostra que o Estado não conseguiu cumprir com seu objetivo, mas que a União é parceira. A visita dá um ânimo a luta pelos direitos dos povos indígenas”, comentou.

Na terça, serão realizadas visitas aos acampamentos de Ipoí e Arroio Korá, em Paranhos, e Pyelito Kue, em Iguatemi. “Vamos recebê-los na quarta-feira para ouvir o que eles viram durante as visitas, como falta de dignidade e violação dos direitos”, afirmou Sámia.

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