Postos de combustíveis já estudam aumento da gasolina

O Sinpetro disse que atualmente o preço médio da gasolina está em R$ 2,60 e que é provável que o valor seja reajustado em pelo menos 10%

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O Sinpetro disse que atualmente o preço médio da gasolina está em R$ 2,60 e que é provável que o valor seja reajustado em pelo menos 10%

Com a justificativa do aumento dos custos dos postos de serviços, reajuste dos salários dos funcionários e investimentos visando à adequação às leis ambientais, o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Estado de MS) afirma que o reajuste nos preços de combustíveis é inevitável.

A declaração feita ontem (16), por meio de nota à imprensa, vem logo depois do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado na terça-feira (15) que não haverá aumento nos preços da gasolina.

Questionada sobre a declaração de Mantega, a assessoria de imprensa do Sinpetro afirmou que o Governo tem segurado os preços para não subir a inflação e os revendedores de combustíveis não tem como pagar por isso.

Na nota, o consultor do Sinpetro, Edson Lazaroto, disse que atualmente o preço médio da gasolina está em R$ 2,60 e que é provável que o valor seja reajustado em pelo menos 10% já que apenas os salários dos trabalhadores tiveram reajuste de 9,23%. Se reajustado, o preço médio passaria para R$ 2,86.

“Além dos custos com a folha de pagamentos, muitos empresários estão segurando os preços sem repassar custos que incidiram sobre a revenda no final do ano passado e início de 2012. Muitos deles estão enfrentando dificuldades e hoje acenam não terem mais condições de segurar os preços”, explicou.

Quem precisa do produto discorda. “Não é justificativa aumento de salários. isso é totalmente fora de contexto. Eles deveriam seguir a orientação do Governo”, disse o comerciante Edmar Pereira, que enchia o tanque nesta quarta-feira (17).

Já o funcionário público Marcelo Touro foi além. Para ele, o que acontece é uma máfia. “Quem pode com esse povo. Precisa fiscalização, fazer acordo entre as partes e fiscalizar. os preços já são altos, deveria é baixar!”, disse.

O mototaxista Fernando Dias acredita que a solução seria tabelar os preços. “É preciso ter um parâmetro, um preço padrão. Para não acontecer isso. Eles aumentam indiscriminadamente”, criticou.

Mercado

O mercado tem pressionado a Petrobras a reajustar os preços dos combustíveis, uma vez que valores defasados têm afetado os resultados da companhia, como ocorreu no último trimestre de 2011.

Analistas esperam uma nova queda no lucro no primeiro trimestre, reflexo do avanço significativo das importações de combustíveis, que anulam parte dos benefícios do aumento dos preços do petróleo mais altos.

A estatal não tem repassado a alta dos custos para os consumidores, com o governo temendo o impacto de uma alta dos preços na inflação.

Petrobras

No final de abril, a presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a falar na possibilidade de aumento no preço da gasolina para o consumidor. Segundo publicado pela Agência Câmara, Graça disse que será impossível deixar de repassar o aumento do petróleo no mercado internacional para o consumidor brasileiro, caso as previsões de alta se confirmem.

A presidente da estatal já havia dito que o patamar do preço internacional do petróleo está mais alto do que em anos anteriores, porém, na ocasião, ela informou que ainda não há uma data para um possível aumento. A média do barril para 2011 foi de US$ 111, enquanto que, para 2012, os analistas preveem o barril a US$ 130.

(Com informações da Assessoria da Sinpetro e Reuters Brasil)

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