Pesquisa do Senai aponta que indústria de MS precisa de 61,3 mil profissionais capacitados
Mato Grosso do Sul terá de formar 61,3 mil trabalhadores de nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. Essa necessidade produzirá oportunidades em 10 ocupações, que vão desde trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros até supervisores de produção de indústrias. Os dados fazem parte […]
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Mato Grosso do Sul terá de formar 61,3 mil trabalhadores de nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. Essa necessidade produzirá oportunidades em 10 ocupações, que vão desde trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros até supervisores de produção de indústrias. Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Senai Nacional para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição em todo o País e que foi apresentado durante o lançamento da Olimpíada do Conhecimento, nesta quinta-feira (20/09), em São Paulo (SP), onde a competição será realizada de 12 a 18 de novembro e reunirá 638 estudantes de até 21 anos de idade.
A pesquisa inédita também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho. No Estado, as ocupações de nível técnico com maior demanda são técnico em controle da produção, técnico em eletrônica, técnico em eletricidade e eletrotécnica, técnico em segurança do trabalho e técnico em química, enquanto as ocupações médias com maior demanda são para trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais), mecânicos de manutenção de veículos automotores, padeiros, confeiteiros e afins, mecânicos de manutenção de máquinas industriais e operadores de máquinas para costura de peças do vestuário.
O diretor-regional do Senai, Jesner Escandolhero, acrescenta que, em 2012, a entidade está trabalhando no Estado com a oferta de 45 mil vagas em oportunidade de formação profissional, enquanto para 2013 a oferta será superior a 50 mil vagas. “Neste contexto, há disponibilidade de opções em diversas áreas tecnológicas e em diversos níveis, incluindo a iniciação profissional, qualificação profissional, técnico de nível médio, aperfeiçoamento e especialização profissional, graduação tecnológica e pós-graduação. Esse é o esforço do Sistema Fiems, por meio do Senai, para o enfrentamento do problema da falta de qualificação de pessoas e uma grande contribuição para o desenvolvimento industrial de no Estado”, destacou.
Dados nacionais
Nacionalmente, o Mapa do Trabalho Industrial 2012 apontou que o Brasil terá de formar, até 2015, cerca de 7,2 milhões de trabalhadores. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações, que vão desde trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros até supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas. Do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria.
“Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”, afirmou o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi. Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos. Conforme o Mapa, serão necessários 174,6 mil trabalhadores para a indústria de alimentos (cozinheiros industriais) entre 2012 e 2015 em todo o Brasil. No mesmo período, o país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil.
Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking com demanda de 88.766 profissionais. Atrás, vem a de técnicos em eletrônica com 39.919 e a de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972. A análise da demanda mostra ainda que os profissionais das ocupações operacionais precisam ser polivalentes, com capacidade para desempenhar várias funções. Vem aumentando também a importância de características como visão sistêmica do fluxo produtivo e capacidade de gerenciamento.
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