OMS: apenas pacientes graves devem ser testados para novo vírus

Médicos só devem realizar testes para a detecção de um novo vírus se os pacientes estiverem muito doentes e internados com uma infecção respiratória, se passaram pelo Catar ou pela Arábia Saudita e se testarem negativo para as formas comuns de pneumonia e infecções, disse no sábado a Organização Mundial de Saúde (OMS). O novo […]

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Médicos só devem realizar testes para a detecção de um novo vírus se os pacientes estiverem muito doentes e internados com uma infecção respiratória, se passaram pelo Catar ou pela Arábia Saudita e se testarem negativo para as formas comuns de pneumonia e infecções, disse no sábado a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O novo vírus recém-descoberto, da mesma família da SARS, foi confirmado, até agora, em apenas dois casos em todo o mundo: um homem saudita, de 60 anos, que morreu por causa das suas infecções, e outro homem do Catar, que está internado em estado grave em um hospital em Londres.

Em uma orientação atualizada, divulgada seis dias depois de emitir um alerta global sobre o novo vírus, a OMS disse que casos suspeitos devem ser estritamente definidos, a fim de limitar a necessidade de testar as pessoas com sintomas mais leves.

Mas acrescentou que qualquer pessoa que tenha estado em contato direto com um caso confirmado e que tenha tido febre ou problemas respiratórios também deve ser testada.

A OMS disse em um comunicado que a sua nova definição tinha o propósito de “garantir uma identificação e investigação apropriada e eficaz dos pacientes que podem estar infectados com o vírus, sem sobrecarregar o sistema de saúde com exames desnecessários.”

A agência de saúde da ONU disse no domingo último que um novo vírus havia infectado um homem do Catar, que tinha viajado recentemente para a Arábia Saudita, onde outro homem com um vírus quase idêntico, morreu.

O vírus é de uma família chamada coronavirus, que também inclui os vírus que causam o resfriado comum e a SARS –ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, que surgiu na China em 2002 e matou cerca de um décimo das 8 mil pessoas infectadas no mundo todo.

Cuidados intensivos

Uma porta-voz da Agência de Proteção de Saúde britânica, onde os cientistas estão analisando amostras do homem do Catar, encontraram uma compatibilidade com o caso fatal da Arábia Saudita no último fim de semana e relataram sua descoberta à OMS, e disse no sábado que o homem de 49 anos ainda está no CTI, ligado a um pulmão artificial que o mantém vivo.

A OMS diz que até agora não há provas que sugiram que o vírus, potencialmente fatal, se espalhe facilmente de pessoa, para pessoa. Cientistas dizem que a composição genética do vírus sugere que ele pode ter vindo de animais, possivelmente morcegos.

Seis casos suspeitos na Dinamarca, na semana passada, foram identificados como alarmes falsos.

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