No Ceará, menino de 9 anos morre de raiva após ser mordido por sagui

A Secretaria da Saúde do Ceará confirmou nesta segunda-feira a morte da primeira vítima de raiva humana desde 2010 no Estado. O paciente era um menino de 9 anos, morador do município de Jati, a 444 km de Fortaleza, que havia sido mordido por um soim – espécie de sagui – no dia 3 de […]

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A Secretaria da Saúde do Ceará confirmou nesta segunda-feira a morte da primeira vítima de raiva humana desde 2010 no Estado. O paciente era um menino de 9 anos, morador do município de Jati, a 444 km de Fortaleza, que havia sido mordido por um soim – espécie de sagui – no dia 3 de fevereiro.

Na ocasião, segundo a secretaria, o menino e outros quatro colegas se juntaram para caçar soim pela mata – a captura do animal, integrante da fauna silvestre da região, é ilegal. O grupo conseguiu pegar um soim e o levou para casa, onde a vítima foi mordida no polegar, deixando um corte profundo que permitiu a transmissão da doença.

Cerca de 20 dias após a mordida, a vítima começou a sentir os sintomas da raiva – irritação, sensibilidade excessiva à luminosidade e aversão à água. Após passar pelo hospital de Jati e pelo Hospital Infantil de Brejo Santo, o menino foi internado no dia 29 de fevereiro no Hospital São Vicente, de Barbalha. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) confirmou a doença.

Nos últimos oito anos, desde 2005, foram confirmados cinco casos de raiva humana no Ceará. Desse total, quatro tiveram transmissão através de soins e um caso foi transmitido por um cachorro.

A raiva é uma doença viral que pode ser transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A letalidade da doença é próxima de 100% – no mundo inteiro, apenas dois pacientes, um dos Estados Unidos e outro em Pernambuco, sobreviveram, mas com sequelas.

A melhor maneira de evitar a raiva em humanos é a prevenção. Além da vacinação dos animais domésticos, as secretarias de saúde dos municípios devem ser acionadas para capturar os animais de rua que podem portar a doença. Nas cidades, a presença de morcegos deve ser notificada aos departamentos de zoonoses.

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