MS busca se capacitar para melhorar produção de leite

Mato Grosso do Sul está em 15° lugar no ranking dos maiores produtores de leite no país. Enquanto que Minas Gerais (1°) produz 5, 969 bilhões de litros anuais, MS produz apenas 411 milhões, menos que 10% do que produz Minas. Apesar da baixa produção, o estado tem potencial, e é focando nesta possibilidade de […]

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Mato Grosso do Sul está em 15° lugar no ranking dos maiores produtores de leite no país. Enquanto que Minas Gerais (1°) produz 5, 969 bilhões de litros anuais, MS produz apenas 411 milhões, menos que 10% do que produz Minas.

Apesar da baixa produção, o estado tem potencial, e é focando nesta possibilidade de crescimento que entidades como o Sindicato Rural de Campo Grande, a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS) e o Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) lançaram nesta sexta-feira (3) o 15° Encontro Técnico do Leite e do Encontro Sul-Mato-Grossense da Qualidade do Leite.

O presidente da Conseleite Dário Alves de Souza apontou que a produção está crescendo, entretanto não no mesmo ritmo que os demais estados produtores. Segundo ele, em 1996, o estado estava em 9° lugar em produção, 15 anos depois caiu algumas posições.

Dário afirma que como produtor sente falta de recursos para investimento e orientação técnica. “Temos muita chance de crescer. Tem mercado. Mas precisa mais investimentos e boas práticas”, aponta.

O Senar pretende dar este empurrãzinho nos produtores. Por meio de cursos e palestras, o Serviço busca capacitar os produtores. Clodoaldo Martins de Oliveira Jr., conta que o Senar tem cerca de 12 cursos voltados para capacitar o produtor de leite.

Segundo ele, esses cursos visam dar conhecimento técnico em genética, manejo e nutrição. Neste ano, Clodoaldo aponta que o serviço também vai orientar quanto ao fomento.

Entretanto, Ademar Silva Junior, presidente do Conselho Administrativo da entidade, conta que primeiro o produtor precisa entender que está exercendo uma atividade econômica e que tem que se profissionalizar e investir.

Silva Junior diz que culturalmente os pequenos produtores sempre trabalharam de forma familiar e que é preciso entender que eles são empresa e têm que se qualificar para que a atividades seja rentável. Por isso, antes de mais nada eles buscam passar essas informações aos produtores.

O Mapa (Ministério de agricultura Pecuária e Abastecimento) diferentemente de outras épocas também está fazendo palestras de capacitação. Luís Marcelo Martins Araújo, gestor da área de leite do Mapa, conta que agora além de criar a Lei, eles estão indo até o produtor para capacitá-los.

Martins Araújo explica que essa parceria é feita a partir de pedido dos próprios produtores. Segundo ele, para receber as palestras do Mapa basta formar um grupo, ligar para o Mapa no telefone (67) 3041-9370 ou (67) 9969-3580, ou ainda mandar um e-mail no endereço [email protected] e fazer o pedido.

Quem se capacitar vai sair na frente, a presidente do Silems (Sindicato das Indústrias de laticínios do Estado de MS) Milene de Oliveira Nantes contou que eles estão estudando uma maneira de pagar o leite conforme sua qualidade. Ou seja, o leite que tiver menos bactérias, que atender melhor aos padrões de qualidade, terá um preço melhor.

Nantes ainda lembrou que o sindicato vem trabalhando junto aos seus associados para que estes capacitem e ofereçam assistência aos produtores de forma que eles não fiquem dependentes de ações do Governo.

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