Moka diz que caso do senador Demóstenes chocou a sociedade

O senador Waldemir Moka (PMDB) afirmou, nesta sexta-feira (6), que a comprovação do envolvimento do senador Demóstenes (atualmente sem partido) causou perplexidade no Congresso Nacional e chocou a sociedade brasileira.

Moka explicou que, na ocasião, prestou solidariedade a um senador até então considerado por todos exemplo de moralidade em um país inundado por denúncias de corrupção.

“Ministros do Supremo, parlamentares, juízes, delegados, procuradores da República, entidade de combate à corrupção, religiosas e de classes, como a OAB, mídia e a sociedade em geral tinham respeito muito grande pela figura do senador Demóstenes”, declarou.

O senador sul-mato-grossense afirmou ainda que todos os senadores que estavam no plenário no dia em que Demóstenes apresentou sua defesa à Casa foram solidários ao senador goiano, entre eles Marta Suplicy (SP), Eduardo Suplicy (SP), Paulo Paim (RS) e Jorge Viana (AC), todos do PT. 

Além deles, Moka citou ainda a presença dos senadores Cristovam Buarque (DF) e Pedro Taques (MT), ambos do PDT, e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), que também apoiaram a defesa de Demóstenes.

“Senadores da oposição e da base de apoio ao Governo se mostraram surpresos com a primeira denúncia e deram declarações falando de um senador cuja postura ética era admirada. Ele era até então exemplo para a Casa”, diz.

Moka faz parte da ala independente do PMDB no Congresso Nacional. O grupo é formado pelos senadores Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Eduardo Braga, Luiz Henrique da Silveira e Ricardo Ferraço.

O sul-mato-grossense disse que a comprovação do envolvimento de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira, com o passar dos dias, deixou o grupo perplexo. “No nosso grupo todos tinham no senador Demóstenes aliado no combate às irregularidades. Ficamos perplexos com as revelações posteriores”, declarou.

O senador acredita que dificilmente Demóstenes escapará do Conselho de Ética do Senado. “A situação dele se tornou insustentável. As evidências são muito fortes e o Senado terá que ser firme no julgamento”, observou.