Mergulhadores encontram cofre de capitão de navio na Itália
Os mergulhadores da Marinha da Itália retiraram neste sábado o cofre de Francisco Schettino, capitão do navio Costa Concordia. A embarcação naufragou próximo à ilha de Giglio, no litoral da Toscana, no último dia 13. Os objetos foram recuperados a pedido da Procuradoria de Grosseto. A equipe também recolheu malas, o passaporte e outros documentos […]
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Os mergulhadores da Marinha da Itália retiraram neste sábado o cofre de Francisco Schettino, capitão do navio Costa Concordia. A embarcação naufragou próximo à ilha de Giglio, no litoral da Toscana, no último dia 13.
Os objetos foram recuperados a pedido da Procuradoria de Grosseto. A equipe também recolheu malas, o passaporte e outros documentos na cabine do capião, que estava submersa.
A operação terminou na tarde de sábado e visava recolher provas contra o capitão, já que podem existir documentos relevantes para a reconstituição dos fatos que levaram ao naufrágio.
Schettino cumpre prisão domiciliar no sul da Itália, após ser acusado por homicídio culposo, naufrágio e abandono de navio. De acordo com a Promotoria italiana, ele saiu antes da retirada dos 4.200 passageiros e tripulantes.
VÍTIMAS
Neste sábado, a Marinha italiana encontrou o corpo de uma mulher, a 12ª vítima do acidente com o navio Costa Concordia, em um dos quartos dos 17 andares do cruzeiro, oito dias após o choque na ilha de Giglio que originou o naufrágio. Cerca de 20 pessoas permanecem desaparecidas.
Até o momento, houve identificação de apenas oito vítimas: seis turistas — quatro franceses, um espanhol e um italiano –, um tripulante peruano e um violinista húngaro.
VAZAMENTO
A Guarda Costeira confirmou também neste sábado um vazamento de óleo diesel no local, aumentando temores de um desastre ambiental.
O derivado de petróleo seria um “tipo leve”, que é usado como lubrificante nos maquinários e botes de resgate. O navio levava 185 toneladas do óleo a bordo.
No entanto, as autoridades italianas ainda não confirmaram o vazamento das 2.380 toneladas do diesel “mais pesado”, usado como combustível para os motores da embarcação.
RESGATE
A exploração em profundidade do que restou do navio Costa Concordia foi retomada ao amanhecer, uma semana depois do acidente. Após a estabilização do navio, mergulhadores desceram novamente a 20 metros de profundidade para abrir furos no casco. Ontem (20), a embarcação apresentou movimento de 7 mm por hora.
“Hoje procuramos entre as pontes 3 e 4”, afirmou Cosimo Nicastro, porta-voz da Guarda Costeira.
“A esperança de encontrar alguém com vida na parte submersa se reduziu e diminui a cada dia que passa”, disse Nicastro, apesar de assinalar que os mergulhadores continuarão insistindo na tarefa.
“É preciso um milagre. Mesmo que tenha sido criada uma bolha de ar quando o navio naufragou, em tais condições, com temperaturas da água muito baixas, a possibilidade de encontrar alguém com vida são reduzidas ao mínimo”, explicou o porta-voz.
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