Juros que Dilma quer farão poupança render 18% menos

Se os juros reais da economia caírem para 2% ao ano, como é a meta da presidente Dilma Rousseff, o rendimento da caderneta de poupança teria uma redução de 18%, considerando uma aplicação de um ano. Uma aplicação de R$ 10 mil terminaria o ano com R$ 10.642 na regra antiga e R$ 10.526 com […]

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Se os juros reais da economia caírem para 2% ao ano, como é a meta da presidente Dilma Rousseff, o rendimento da caderneta de poupança teria uma redução de 18%, considerando uma aplicação de um ano. Uma aplicação de R$ 10 mil terminaria o ano com R$ 10.642 na regra antiga e R$ 10.526 com o novo sistema (R$ 116 a menos).

A presidente tem manifestado a intenção de que os juros reais da economia brasileira fiquem, até o fim de seu mandato, no máximo em 2% ao ano, aproximando-se daqueles existentes em países desenvolvidos.

Para se chegar aos juros reais, é preciso descontar a inflação.

Analistas de mercado ouvidos pelo Boletim Focus, divulgado nesta semana pelo Banco Central, estimam que a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficará acumulada em 5,12% este ano.

Com essa inflação, para que os juros reais ficassem em 2% ao ano, a Selic teria de cair para 7,22% anuais, segundo os cálculos do professor Samy Dana.

Pela regra tradicional da poupança, com uma Selic a 7,22%, o rendimento da poupança não teria alteração: seria de 6,42% no ano (6,17% ao ano, mais a variação da TR).

Pelas regras novas, como a poupança passaria a render 70% da Selic mais a TR, o rendimento final ficaria em 5,26% no ano, segundo o economista Samy Dana. A queda no rendimento seria de 18,07%.

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