Perseguição e assédio agora são considerados infração penal específica na Inglaterra e no País de Gales, em um movimento para melhorar a segurança das vítimas.
O governo introduziu os dois crimes na legislação – perseguição e perseguição envolvendo medo da violência.
Ativistas há muito reclamavam que lidar com estes problemas era inadequado sob a lei Inglesa. Na vizinha Escócia o assédio já é considerado ofensa grave desde 2010.
Um inquérito parlamentar feito no início deste ano constatou que cerca de 120.000 vítimas, em sua maioria mulheres, são perseguidos a cada ano.
No entanto, apenas 53.000 incidentes são registrados como crimes pela polícia – e apenas um em 50 dos casos levou o infrator à prisão.
Os parlamentares pediram que assédio e perseguição fossem encarados como crime imediatamente, uam vez que podem levar a assassinatos.
‘Crime abominável’
Após reunião de vítimas e ativistas em Downing Street (residência oficial do primeiro-ministro David Cameron) no início deste ano, o primeiro-ministro descreveu assédio como um “crime abominável”, que “torna a vida um inferno para as vítimas”.
A nova lei de perseguição acarreta sentença de seis meses e máximo, caso envolva ameaças de violência, pode chegar a cinco anos de prisão.
Os pedidos de reforma da lei ocorreram depois da ocorrência de casos brutais de assédio que culminaram em morte, como o de Clifford Mills, 49 anos, que perseguiu sua ex-namorada Lorna Smith no Facebook antes de esfaqueá-
la até a morte em seu apartamento em Brixton, sul de Londres, em fevereiro ano passado.
Ele foi preso em fevereiro e sentenciado a 21 anos, depois de ser considerado culpado de assassinato.