IML de Nova Andradina continua sem médico legista e causando transtornos

Médico cotado para atuar na unidade local do IML foi nomeado para trabalhar em Corumbá

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Médico cotado para atuar na unidade local do IML foi nomeado para trabalhar em Corumbá

Os transtornos relativos à ausência de médico legista no Instituto Médico Legal (IML) de Nova Andradina gera revolta nas famílias que perdem entes queridos, uma vez que as vítimas fatais precisam ser encaminhados para exame necroscópico na cidade de Dourados, o que gera demora na liberação dos corpos e, em muitos casos, impossibilita, até mesmo, a realização dos velórios.

Apesar das queixas da comunidade e das solicitações de algumas lideranças locais, o impasse deve prosseguir por tempo indeterminado. Segundo a edição deste dia 12 de novembro do Diário Oficial do Estado (DOE), o governador André Puccinelli nomeou os profissionais aprovados em concurso para assumirem como médicos legistas em vários municípios de Mato Grosso do Sul, porém nenhum deles foi designado para atender em Nova Andradina.

O decreto 4.538 de 08 de novembro de 2012, publicado nesta segunda-feira, designa, em caráter efetivo, 16 médicos legistas para atuarem nas cidades de Aquidauana, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, sendo, em alguns casos, nomeados até dois profissionais por unidade.

Desde que o último profissional que atuou no IML de Nova Andradina se aposentou, há quase três anos, o instituto não conta com médico legista. A unidade é a única da região do Vale do Ivinhema, que, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), possui população estimada em 124.837 habitantes. A novela acerca do IML de Nova Andradina já contou com vários capítulos, entre eles, a desclassificação do único candidato que pretendia atuar no órgão.

Ele foi excluído após reprovar no teste de aptidão física, por estar acima do peso considerado ideal e não conseguir percorrer a distância de 2.400 metros em 12 minutos. No mês de abril, o Governo do Estado nomeou, em caráter provisório, um médico legista para atuar na unidade, porém ele não teria aceitado trabalhar no município.

Na última semana, a deputada Dione Hashioka (PSDB) sinalizou a possibilidade de o problema ser solucionado, com a mudança na lei, que até então, proibia o acúmulo de cargos. Após participar, ao lado do governador, da cerimônia de formatura de 19 médicos legistas, realizada em Campo Grande, a parlamentar afirmou que o nome mais cotado para ocupar a vaga em Nova Andradina seria o do médico Omar Ferreira Miguel, porém, segundo o DOE, ele foi efetivado para atuar em Corumbá.

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