HSBC fecha acordo de US$ 1,9 bi com EUA para evitar processo
O banco HSBC, com sede no Reino Unido, entrou em acordo para pagar uma multa de aproximadamente US$ 1,9 bilhão ao governo dos Estados Unidos e encerrar uma investigação de quase quatro anos por suposta permissividade com criminosos de todo mundo, que teriam empregado os serviços da instituição para lavagem de dinheiro do tráfico de […]
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O banco HSBC, com sede no Reino Unido, entrou em acordo para pagar uma multa de aproximadamente US$ 1,9 bilhão ao governo dos Estados Unidos e encerrar uma investigação de quase quatro anos por suposta permissividade com criminosos de todo mundo, que teriam empregado os serviços da instituição para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas internacional para financiamento de atividades terroristas.
O acordo deve ser oficializado nesta terça-feira, confirmou nesta terça-feira a entidade. “O HSBC concluiu um acordo com as autoridades americanas nas investigações relacionadas a infrações das leis sobre as sanções e a luta contra a lavagem de dinheiro”, afirma um comunicado do banco. “Aceitamos a responsabilidade por nossos erros passados. Dissemos que sentimos profundamente por eles e nos desculpamos de novo”, afirmou hoje o executivo-chefe do grupo, Stuart Gulliver.
O Senado americano acusou a direção do HSBC de deixar de tomar as medidas necessárias para evitar que o banco fosse usado, apesar de ter indícios consideráveis, por narcotraficantes mexicanos para transferir fundos para os Estados Unidos, por exemplo. Entre outras acusações, de acordo com relatório divulgado em julho, o HSBC não agiu contra bancos sauditas relacionados com grupos terroristas, ou contra cidadãos iranianos que buscavam contornar as sanções impostas por Washington ao país do Oriente Médio.
Tanto as autoridades federais como estaduais – o banco opera no país em Nova York -, teriam decidido não entrar com acusações criminais contra o banco para não desestabilizar uma das maiores instituições financeiras do mundo. O acordo também foi confirmado por fontes do jornal The Wall Street Journal.
O New York Times aponta ainda que, apesar de uma grande vitória do governo, o acordo levanta uma dúvida em relação a instituições que, de tão grandes e interligadas com outras, ficam livres de serem indiciadas. O periódico lembra o caso do banco Lehman Brothers, cuja falência há quatro anos quase derrubou o sistema financeiro do país.
Do total da multa, mais de US$ 1,2 bilhão deve ser pago ao Executivo por conta do acordo para evitar o processo. O restante, cerca de US$ 650 milhões, será destinado a multas na esfera civil. Como parte do acordo, o HSBC deve fortalecer seus controles internos e “ficar fora de problemas”, segundo uma fonte do The New York Times, por cinco anos. Se o banco infringir novamente as regras impostas, o Departamento de Justiça pode reabrir o processo.
Rob Sherman, porta-voz da instituição financeira, afirmou que estão cooperando com as autoridades na investigação, mas acrescentou que a natureza das conversas entre as partes são confidenciais. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o escritório da Procuradoria de Manhattan (Nova York) se recusaram a comentar o caso. O acordo alcançado entre o banco e as autoridades federais de Justiça e do Tesouro, assim como com o escritório da Promotoria de Manhattan, representa um valor recorde neste tipo de pacto.
A confirmação do HSBC se soma ao anúncio feito hoje de que outro banco britânico, o Standard Chartered, pagará uma segunda multa de US$ 327 milhões por ter escondido das autoridades reguladoras americanas durante anos milhares de transações com entidades iranianas submissas a sanções econômicas nos EUA. Em agosto, o Standard já concordara em pagar uma multa de US$ 340 milhões por ocultar mais de 60 mil transações com empresas iranianas avaliadas em pelo menos US$ 250 bilhões.
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