Governo entra no comitê organizador da Copa do Mundo

A pouco mais de dois anos do início da Copa do Mundo, o governo federal vai passar a integrar o Comitê Organizador Local (COL) da competição para tentar acelerar os preparativos do país para o Mundial, que mais uma vez foram alvo de cobranças da Fifa nesta terça-feira. Após reunião com quase seis horas de […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A pouco mais de dois anos do início da Copa do Mundo, o governo federal vai passar a integrar o Comitê Organizador Local (COL) da competição para tentar acelerar os preparativos do país para o Mundial, que mais uma vez foram alvo de cobranças da Fifa nesta terça-feira.

Após reunião com quase seis horas de duração na sede da Fifa, em Zurique, autoridades da federação internacional, do governo e do COL anunciaram que o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes, fará parte do conselho de administração do comitê ao lado do presidente da entidade, José Maria Marin, dos ex-jogadores Ronaldo e Bebeto, e de Marco Polo Del Nero, integrante do comitê-executivo da Fifa que também foi incluído no COL nesta terça.

A medida repete o que foi feito na organização da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, onde o governo local participou ativamente dos preparativos para o torneio, que foi considerado um sucesso de organização.

No Brasil, até agora, o governo estava responsável pelas obras de infraestrutura, sem coordenação direta com o COL e a Fifa, que estavam encarregados da logística do Mundial.

“O principal objetivo da reunião foi juntar pela primeira vez este grupo, em que temos o governo, a Fifa e o COL, e encarar de maneira aberta e transparente os desafios que temos pela frente”, disse o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em entrevista coletiva transmitida pelo site da entidade.

Valcke reconheceu que foi um “erro” não ter incluído o governo no COL desde o início do processo de organização, mas disse que era “melhor resolver isso agora do que não resolver nunca”.

“Precisamos nos certificar de que, no pouco tempo que temos, encontraremos respostas imediatas para as questões que se apresentam. Este foi o principal acordo hoje. Trabalharemos juntos para isso, e essa é uma mensagem de comum acordo entre COL, governo e Fifa”, acrescentou.

Segundo o dirigente, a participação do governo no COL será importante para tentar resolver problemas como a mobilidade urbana nas cidades-sede, a capacidade dos aeroportos e o déficit de hotéis –as três principais preocupações da Fifa no momento para a realização do torneio.

Conteúdos relacionados