Governo avalia adiar implementação de 4G em algumas regiões
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira que o governo avalia flexibilizar os prazos de implementação dos serviços de telefonia móvel de quarta geração (4G). Segundo ele, empresas interessadas em participar do leilão previsto para junho levaram esse pleito até ele, alegando que haveria pouco tempo para reordenar os investimentos. Uma das obrigações […]
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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira que o governo avalia flexibilizar os prazos de implementação dos serviços de telefonia móvel de quarta geração (4G). Segundo ele, empresas interessadas em participar do leilão previsto para junho levaram esse pleito até ele, alegando que haveria pouco tempo para reordenar os investimentos.
Uma das obrigações para quem ganhar a concessão é implementar a nova tecnologia nas cidades em que haverá jogos da Copa das Confederações, prevista para junho do ano que vem. Bernardo, no entanto, indicou que manterá essa exigência.
“Teremos um cronograma, que depois vai abranger todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes”, afirmou, após participar de evento, no Rio.
Quem levar a concessão para o 4G nas grandes cidades terá que implementar o 3G em pequenos e médios municípios. Questionado o fornecimento do serviço 3G nas principais cidades do país, Bernardo admitiu que o serviço ainda deixa a desejar.
“Mas temos que levar em conta que, no ano passado, houve um crescimento superior a 100% no uso de internet via celulares, por exemplo. Certamente, as empresas fizeram projeções conservadoras e erradas”, comentou.
Para o ministro, as grandes empresas do setor vão participar do leilão, sendo que algumas delas de forma “agressiva”. Bernardo acrescentou que a expectativa é que o certame seja “milionário”.
A questão de exigência de conteúdo nacional alto para a expansão da internet de banda larga no País não é mais uma barreira de investimento, pontuou o ministro. Paulo Bernardo disse considerar que as empresas reagiram bem à determinação da presidente Dilma Rousseff, e já concluíram que é possível desenvolver pesquisas e produção de equipamentos no Brasil.
Embora não tenha dado detalhes, Bernardo confirmou que a desoneração para a expansão da rede de telecomunicações será um dos pontos do pacote de estímulo à indústria, que será anunciado amanhã, em Brasília.
Para levar banda larga a pontos distantes do País, o governo vai investir R$ 750 milhões na construção de um satélite de comunicações. A construção será feita pela Embraer, e a operação será compartilhada pela Telebrás e as Forças Armadas. A previsão é que o satélite esteja em operação em 2014.
“Tem municípios em que fica difícil atender com banda larga pelos meios convencionais. A ideia é que os servidores possam captar esse serviço, desde que ofereçam internet de qualidade e com preços acessíveis. Se o governo não ajudar na região Norte, por exemplo, a internet boa não vai chegar”, observou.
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