Forças sírias matam mais de 50 na região de Homs

  Mais de 50 civis, incluindo 13 crianças, foram mortos e cem ficaram feridos nesta sexta-feira em bombardeios das forças do governo à cidade de Houla, na Província de Homs, informou o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos). “Mais de 50 pessoas foram mortas, incluindo 13 crianças, e mais de cem ficaram feridas em bombardeios […]

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Mais de 50 civis, incluindo 13 crianças, foram mortos e cem ficaram feridos nesta sexta-feira em bombardeios das forças do governo à cidade de Houla, na Província de Homs, informou o OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos).

“Mais de 50 pessoas foram mortas, incluindo 13 crianças, e mais de cem ficaram feridas em bombardeios à cidade de Houla, na província de Homs”, declarou o chefe do OSDH, Rami Abdel Rahmane, que manifestou temores de que o número de vítimas seja ainda maior.

“Um verdadeiro massacre ocorreu enquanto os observadores da ONU se mantinham em silêncio”, denunciou o chefe do OSDH em uma ligação telefônica à France Presse.

“Falamos desde o meio-dia de bombardeios e nenhum observador baseado em Homs se mexeu”, acrescentou, questionando a função dos observadores mobilizados desde abril para supervisionar um cessar-fogo violado desde o seu anúncio, no dia 12 de abril.

Ativistas reportaram confrontos entre as forças sírias e combatentes rebeldes.

“Os soldados estão bombardeando Houla neste momento, e as vítimas são muitas”, disse o ativista Ahmad Kassem.

MANIFESTAÇÕES

Pouco afetada até o momento pela onda de contestação, Aleppo, a segunda maior cidade, foi palco de manifestações de milhares de pessoas nesta sexta-feira.

“Estes são os maiores protestos em Aleppo” desde o início da revolta, em março de 2011, disse o chefe do OSDH, Rami Abdel Rahman, que já havia ressaltado a importância das manifestações da semana passada.

Um manifestante foi morto e dezenas de outros ficaram feridos pelas forças regulares que dispararam com munição real e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Três outros civis, incluindo duas crianças, foram mortos a tiros na mesma cidade, mas não nas manifestações.

O regime não reconhece a magnitude do movimento de contestação e atribui a violência no país aos “terroristas”.

Apesar dos bombardeios e tiroteios, milhares de manifestantes também se reuniram em Hama e Homs (centro), Deir Ezzor (leste) e Deraa, berço da insurgência no sul. Onze pessoas morreram nessas regiões, de acordo com OSDH.

Os ativistas pró-democracia convocaram as manifestações desta sexta-feira sob o lema “Nosso próximo encontro, em Damasco”, exortando a intensificação do movimento na capital, ocupada pelos agentes de segurança.

 

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