Filho de ministro da Integração é campeão de emendas na pasta do pai

O ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) privilegiou seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com o maior volume de liberação de emendas parlamentares de sua pasta em 2011, informa reportagem de Andreza Matais e Breno Costa, publicada na Folha de S Paulo deste sábado (7) Coelho foi o único congressista que teve todo […]

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O ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) privilegiou seu filho, o deputado federal Fernando Coelho (PSB-PE), com o maior volume de liberação de emendas parlamentares de sua pasta em 2011, informa reportagem de Andreza Matais e Breno Costa, publicada na Folha de S Paulo deste sábado (7)

Coelho foi o único congressista que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no Orçamento para pagamento) pelo ministério (R$ 9,1 milhões), superando 219 colegas que também solicitaram recursos para obras da Integração.

Liberado em dezembro, o dinheiro solicitado pelo deputado irá para ações tocadas pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paraíba), uma empresa pública presidida pelo seu tio, Clementino Coelho, irmão do ministro da Integração.

Em nota, o ministério negou que o filho do ministro tenha sido favorecido. Segundo a pasta, outros deputados tiveram “emendas aprovadas em percentuais equivalentes

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, prometeu na sexta (6) atender o pedido da oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff e comparecer ao Congresso na próxima terça-feira (10) para dar explicações sobre a destinação de recursos de sua pasta. Ao lado e em clima de cordialidade mútua com o governador de Minas, o tucano Antonio Anastasia – que tem o PSB do ministro em sua base de apoio -, Bezerra justificou o repasse maior de verbas para Pernambuco, seu Estado natal, e disse que não tem “nada a esconder”.

“Vou detalhar lá (no Congresso) porque foi aplicado mais em Pernambuco e menos em outro Estado. E vou detalhar porque nós recebemos 1,3 mil projetos. Desses, mais de 700 de macrodrenagem, proteção de morro e reforço de encosta. Não é com a gente, é com o Ministério das Cidades”, disse. Segundo Bezerra, dos “300 e poucos” que ficaram com sua pasta, cerca de 10% foram selecionados para receber recursos.

“Depois que você convenia, empenha – e nós empenhamos R$ 146 milhões -, para liberar o dinheiro você tem que ter certidão ambiental, título de dominialidade. Senão, não permite a liberação do dinheiro”, acrescentou. Ele afirmou que os projetos relativos a obras em Pernambuco, governado por seu padrinho político e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, preenchiam todos os requisitos.

O ministro garantiu que também vai esclarecer a tentativa de retirar do orçamento R$ 50 milhões das obras de transposição do rio São Francisco para tentar alocá-los em uma obra na barragem Serro Azul, na Zona da Mata pernambucana, barrada por parlamentares. Para Bezerra, a questão era uma “discussão, digamos assim, do ponto de vista orçamentário”.

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