Exército sírio mata mais de 80 pessoas no centro do país
Confrontos entre o exército e os rebeldes sírios já mataram mais de 80 pessoas neste sábado. Segundo os opositores dos Comitês de Coordenação Local, o dia soma 89 mortos, entre eles cinco crianças e três mulheres. A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirma que foram 83 pessoas, sendo 55 civis. “No total, 40 […]
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Confrontos entre o exército e os rebeldes sírios já mataram mais de 80 pessoas neste sábado. Segundo os opositores dos Comitês de Coordenação Local, o dia soma 89 mortos, entre eles cinco crianças e três mulheres.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirma que foram 83 pessoas, sendo 55 civis. “No total, 40 civis morreram em bombardeios e disparos apenas na cidade de Latamna, na província de Hama (centro)”, afirma um comunicado do OSDH, segundo o qual 28 combatentes faleceram em diferentes regiões.
Cinco civis faleceram em Tibet al-Imam, na mesma província. Os Comitês afirmam que, das vítimas, 53 mortes foram confirmadas na localidade de Latmana, em “um massacre” cometido pelas forças governamentais.
Os Comitês explicaram que o Exército cercou a região ao amanhecer e a bombardeou de forma indiscriminada. Muitos prédios ruíram com os ataques e os moradores ficaram soterrados no interior das construções, apontou o grupo opositor, que acrescentou que após 2h de bombardeio, os soldados invadiram Latmana e abriram fogo contra tudo que se movia.
Ao menos 17 pessoas morreram no bastião opositor de Homs (centro), a maioria no município de Deir Baalbeh. Os Comitês denunciaram mortos na periferia de Aleppo (norte), a segunda cidade do país. Entre os mortos em Homs, há um jovem jornalista da cidade, Anas Helwani, de 17 anos, que morreu no município de Yuret Sheikh pelos disparos de um franco-atirador.
Helwani foi atingido quando buscava ajuda para outro ativista, identificado como Beebars Talawi, que havia sido ferido também por um franco-atirador. O jovem permaneceu por 6h caído na rua sem que ninguém conseguisse assisti-lo pelo risco de ser alvo de disparos.
Ao fim, homens conseguiram resgatá-lo com o uso de barras de metal, mas já era tarde demais, ele morreu por causa dos ferimentos. A OSDH informou também que quatro civis morreram nas cidades de Quseir e Rastan, bombardeadas pelas Forças Armadas, também na região de Homs.
O OSDH revelou ainda da descoberta de 13 corpos no bairro de Deir Baalbeh, em Homs, e de outros 10 localizados sob os escombros na cidade de Hreitane, na província de Alep. A organização, com sede na Grã-Bretanha, também informou que 16 desertores e 12 soldados e agentes de segurança também morreram em diferentes regiões.
Os rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad atacaram postos do exército ao norte de Aleppo depois da meia-noite, matando um oficial e dois homens, e uma base de helicóptero, disseram ativistas.
Comandos sírios mataram três rebeldes em um ataque durante a noite em um “esconderijo terrorista”, afirmou a agência de notícias estatal da Síria Sana. As cidades de Anadan e norte Hraytan de Aleppo e zona rural em torno segunda cidade da Síria passaram por dias de confrontos e bombardeios, levando 3.000 civis até a fronteira com a Turquia somente na sexta-feira – cerca de 10 vezes o número diário antes de Assad ter aceitado o plano de Annan 10 dias atrás.
Neste sábado, a cidade de Al Rastan, na província de Homs, é palco de violentos confrontos entre as forças armadas e o opositor Exército Sírio Livre (ELS), revelou à Efe o “número dois” dos rebeldes, Malek Kourdi.
A partir da Turquia, Kourdi afirmou por telefone que os soldados desertores repelem as tentativas do Exército sírio de invadir Al Rastan, que está sendo atacada com artilharia. “Isso ocorre dentro de uma grande campanha desenvolvida atualmente pelo regime para ganhar tempo e definir a situação até 10 de abril”, considerou Kourdi, quem destacou que Damasco “acredita que o novo prazo outorgado pelo Conselho de Segurança da ONU dá a eles legitimidade para continuar com seus crimes”.
Estas informações não podem ser comprovadas de maneira independente pelas restrições impostas pelo regime sírio ao trabalho de jornalistas. O Conselho de Segurança da ONU aprovou na quinta-feira por unanimidade uma declaração que pede ao regime sírio o respeito da data limite de 10 de abril para o fim das principais operações militares, ao mesmo tempo que demanda a oposição síria a fazer o mesmo no mais tardar nas 48 horas seguintes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a repressão de ontem e advertiu Damasco que o prazo estipulado para o fim total de hostilidades “não é uma desculpa para continuar com os massacres”.
O prazo de 10 de abril para cumprir o plano de paz proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que implica o fim dos movimentos das tropas em direção às cidades, do uso de armamento pesado e a retirada dos militares dos centros populacionais, “não é uma desculpa para continuar com os massacres”, disse Ban.
Por essa iniciativa, que o Governo do presidente sírio, Bashar al Assad, se comprometeu a cumprir, o fim total das hostilidades tem como prazo limite as 2h (de Brasília) de 12 de abril. A ONU mandou uma equipe de observadores para analisar com as autoridades o futuro desdobramento de uma missão militar de supervisão e acompanhamento para aplicar o plano de paz de seis pontos de Annan. Por enquanto, o regime sírio não ofereceu nenhuma informação sobre essa visita.
Com informações da agências internacionais.
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