Esposa de segurança atropelado tenta reaver aliança como última lembrança

Esposa fez pedido ao amigo policial que compareceu a 3ª D.P. nesta segunda-feira (4), para buscar o anel, lembrança eterna de uma história interrompida.

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Esposa fez pedido ao amigo policial que compareceu a 3ª D.P. nesta segunda-feira (4), para buscar o anel, lembrança eterna de uma história interrompida.

Símbolo do amor e única lembrança de uma história interrompida por um atropelamento na avenida Afonso Pena, na qual culminou com a morte do segurança David Del Vale Antunes, 31 anos, na madrugada de quinta-feira (31), a esposa da vítima, uma jovem de 23 anos, busca agora reaver a aliança de casamento.

“Ela (esposa de David) queria vir aqui na delegacia pessoalmente, mas mora no Jardim Noroeste, que é bem longe daqui e não sabe nem o trajeto do ônibus, dependia do marido pra tudo. Era o David quem, de moto, fazia o que fosse necessário para a família. E com o bebê de colo agora fica mais difícil ainda”, afirma o policial Ailton Aparecido Araguan, 27 anos.

Na 3ª D.P. (Delegacia de Polícia), na manhã desta segunda-feira (4), o policial disse em entrevista ao jornal eletrônico Midiamax que a família continua muito abalada e que está tentando ajudar no que for necessário.

“Nem ele nem eu tínhamos parentes aqui, antes de ele conhecer a esposa. Chegamos de Jardim (a 239 Km da Capital) a Campo Grande em 2001, então éramos um irmão do outro e eu inclusive fui padrinho de casamento, acompanhei a dificuldade para ele concluir os estudos e o curso de segurança de carro forte, que ele terminou no mês passado. Agora, me sinto na obrigação de ajudar a família, assim como um outro amigo nosso que transportou os parentes dele de Jardim, quando chegaram para o velório”, conta o policial.

Minutos após o policial sair da 3ª D.P., um advogado compareceu ao local para conversar com o autor do atropelamento, Richard Ildivan Gomide Lima, 21 anos, que está preso em uma cela do local desde a tarde de sexta-feira (1). “Ele já tem advogado, mas eu vim aqui a pedido de um tio dele para conversar. Quero saber como está o andamento do processo e, se já não foi pedido, vou pedir a liberdade provisória sem fiança, o que é um direito dele. É um jovem bom, acadêmico de Direito no 2° ano, errou ao dirigir embriagado e em alta velocidade, mas não tem que ficar preso por isso, foi uma fatalidade do trânsito”, avalia Aparecido Rodrigues de Faria.

Com relação ao inquérito policial, o delegado Dimitri Erik Palermo, responsável pelas investigações, afirma que nesta terça-feira (5), irá intimar mais duas pessoas. “Uma delas é o amigo de Richard que estava no carro e outra é um policial que atendeu a ocorrência para falar da embriaguez do condutor do carro. Como foi um flagrante, os procedimentos foram feitos na hora, no mesmo dia e agora só vou aguardar os laudos e mais os depoimentos”, conclui o delegado.

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