Dourados discute plantio de cana para diversificar produção
“Para entrar no plantio da cana-de-açúcar é preciso fazer a média de cinco ou seis anos de lavoura de soja e milho; quando você faz isso você entra”, afirma Fernando Pereira Garcia, ex-presidente da Sulcanas (Associação dos Fornecedores de Cana Sul-mato-grossense). Ele foi um dos participantes do workshop realizado pela Prefeitura de Dourados e o […]
“Para entrar no plantio da cana-de-açúcar é preciso fazer a média de cinco ou seis anos de lavoura de soja e milho; quando você faz isso você entra”, afirma Fernando Pereira Garcia, ex-presidente da Sulcanas (Associação dos Fornecedores de Cana Sul-mato-grossense). Ele foi um dos participantes do workshop realizado pela Prefeitura de Dourados e o Sindicato Rural de Dourados, na terça-feira (18/09), no auditório do parque de Exposições João Humberto de Carvalho.
Paulo Garcia, que é pecuarista e agricultor em Angélica, começou a plantar cana para fornecer para a usina Adecoagro há 5 anos. Ele afirma que é uma boa opção de diversificação, uma vez que a cana sofre menos com as intempéries climáticas, produzindo consecutivamente. Já com a soja, o produtor sempre acaba perdendo uma safra ou outra. Ele conta que quando produzia soja tinha uma rentabilidade de R$ 400 por hectare/ano. A cana pode dar remuneração de até R$ 2.300 na região da Grande Dourados.
O superintendente da Usina São Fernando, Paulo Escobar, explicou aos produtores presentes ao evento o sistema de remuneração do produtor. Esse sistema é definido com participação das usinas, cuja entidade que as representa é a Única, e pelos produtores, representados na Orplana. “O preço é calculado com base em vários itens, entre eles a remuneração do etanol e do açúcar no mercado internacional [os dois produtos são commodities] e o teor de açúcar da cana entregue na usina”, explicou. Segundo ele, a universidade Esalq ajuda no processo de obtenção do item de verificação do preço de mercado.
Paulo esclareceu ainda que a Sulcanas ou a Orplana podem ter um técnico dentro da usina para acompanhar o processo de medição do teor de açúcar da cana entregue pelo produtor associado. Ele disse que hoje o custo de produção de uma tonelada de cana para o produtor está em torno de R$ 40 para um preço pago pela usina de R$ 70. Ou seja, a lucratividade é muito boa. Explicou ainda que plantar cana é um negocio seguro, já que há uma previsão de crescimento de demanda de mercado de 2,4% ao ano para o etanol e o açúcar. Por outro lado, o governo ainda pretende aumentar a mistura de etanol na gasolina de 20% para 25% nos próximos anos e pode chegar a 30% em 2020.
O sócio-diretor da usina Fátima do Sul Agroenergia, Rodolfo Abud Cabrera, acrescentou que o mercado de fornecimento de cana para as usinas deve aumentar muito, já que o Estado tem apenas 24 plantas funcionando, com potencial para muito mais. Disse ainda que a maioria das plantas atuais tem capacidade instalada maior que a produção atual de cana. São Paulo, por exemplo, segundo ele, um Estado menor territorialmente que Mato Grosso do Sul, tem 200 plantas de produção de açúcar e etanol.
A proposta da prefeitura, segundo a secretária de Agricultura, Indústria e Comércio Neire Colman, é incentivar os agricultores de Dourados e região a produzir cana, como forma de diversificação. De acordo com a secretária, não se trata de deixar de produzir soja e milho. Ao contrário, apenas destinar parte da terra para a cana, melhorando a estabilidade do negócio rural. Hoje, a maior parte da cana moída é produzida pela própria usina. “Queremos criar a cultura do fornecedor de cana em Mato Grosso do Sul”, disse Neire.
Os gerentes do Banco do Brasil Geraldo Vieira (agência Marcelino Pires) e Adriano Borges (Parque dos Ipês) informaram aos produtores que a instituição tem um programa especial para financiar quem quiser entrar na produção de cana. São cinco linhas de crédito, com parcelamento em até cinco anos.
O presidente do Sindicato Rural, Marisvaldo Zeuli, lembrou que apesar de a cultura de produção da região da Grande Dourados ser o grão, a cana é uma ótima opção de diversificação. “Porque não ter duas ou três opções de negócio?”, pergunta Marisvaldo.
No final do evento foi definido um dia de campo na Usina São Fernando para 4 de outubro. O evento será organizado pela Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio, Sindicato Rural e Usina São Fernando. Mais detalhes serão divulgados posteriormente.
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