Dilma conversa com Obama sobre Irã e petróleo, diz agência

A presidente Dilma Rousseff expressou ao presidente dos EUA, Barack Obama, nesta segunda-feira suas preocupações de que sanções contra o Irã poderão elevar as tensões no Oriente Médio e causar um aumento nos preços do petróleo, informa a agência de notícias Reuters. O governo brasileiro tem sido contrário a sanções contra a Síria e o […]

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A presidente Dilma Rousseff expressou ao presidente dos EUA, Barack Obama, nesta segunda-feira suas preocupações de que sanções contra o Irã poderão elevar as tensões no Oriente Médio e causar um aumento nos preços do petróleo, informa a agência de notícias Reuters.

O governo brasileiro tem sido contrário a sanções contra a Síria e o Irã, argumentando que esse tipo de medida faria mais mal do que bem aos países.

Ainda em seu encontro bilateral em Washington, Dilma e Obama não discutiram explicitamente a proposta da norte-americana Boeing de vender jatos F-18 ao Brasil, acrescentaram as fontes sob condição de anonimato.

Em fevereiro, a Reuters informou que o Brasil estava inclinado a escolher o modelo de avião fabricado pela francesa Dassault, num contrato estimado em 4 bilhões de dólares para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB).

Acordo

No encontro, Dilma assinou acordos bilaterais com Obama. Além de medidas para facilitar vistos, os presidentes discutiram investimentos e comércio entre os dois países.

No encontro, os Estados Unidos anunciaram a criação de dois novos consulados no Brasil, em Belo Horizonte e Porto Alegre. Dilma e Obama ainda se comprometeram a aumentar a cooperação para que os brasileiros possam viajar sem visto para território americano.

O presidente americano ainda se comprometeu a aumentar em 40% a capacidade de emissão de autorizações de viagem para brasileiros. Os mandatários assinaram acordos sobre o controle de fronteiras e desenvolvimento do tráfego aéreo para aumentar a segurança da aviação civil no espaço aéreo brasileiro.

Comércio

Os chefes de Estado ressaltaram o fluxo comercial entre os dois países, que alcançou US$ 74 bilhões em 2011, e os investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Rio.

Os dois países agendaram eventos entre empresários e autoridades para discutir o aumento da cooperação econômica. Também foram assinados compromissos para reforçar a cooperação em políticas e pesquisas agrícolas, medidas sanitárias e a promoção da queda de barreiras no comércio exterior.

Os presidentes ressaltaram a consolidação do G-20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes), pedindo a diminuição dos desequilíbrios globais e a criação de condições para o crescimento mundial. Eles promoveram apoio a consultas regulares entre autoridades dos países membros.

Política Externa

Nas relações entre os países, os presidentes reforçaram a necessidade de mudar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), ainda que Obama não tenha dado apoio explícito à candidatura do Brasil a membro permanente do grupo.

Ainda foram ressaltados as ações conjuntas na América Latina, Caribe e África, demonstrando satisfação na estabilidade política do Haiti e no desenvolvimento de uma rede de monitoramento integrado do cultivo de folhas de coca na Bolívia.

Os países ainda se comprometeram a manter a política de não proliferação de armas nucleares e o incentivo às pesquisas pacíficas no setor atômico.

Ambiente

Dilma e Obama concordaram na importância da Rio+20, que acontecerá em junho, e mostraram satisfação com o progresso de iniciativas de infraestrutura sustentável no Rio e na Filadélfia.

No setor energético, reafirmaram parcerias na produção de petróleo e gás natural, visando a extração no Pré-Sal, e no setor de biocombustíveis, apoiando iniciativas para o uso de recursos renováveis para a aviação e a cooperação para produzir matéria prima na África ocidental.

Os dois países ainda assinaram acordos de cooperação no desenvolvimento científico, especialmente ciências marítimas, medicina e a prevenção e mitigação de desastres.

 

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