Depois de 13 anos, matadores de deputada federal são julgados
A Justiça Federal de Alagoas divulgou a sentença do julgamento que condenou o ex-deputado e médico Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto a 103 anos e 4 meses de prisão, pela morte da médica e deputada federal Ceci Cunha, do seu marido Juvenal Cunha e dos parentes Iran Carlos Maranhão e Ítala Maranhão. O juri […]
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A Justiça Federal de Alagoas divulgou a sentença do julgamento que condenou o ex-deputado e médico Talvane Luiz Gama de Albuquerque Neto a 103 anos e 4 meses de prisão, pela morte da médica e deputada federal Ceci Cunha, do seu marido Juvenal Cunha e dos parentes Iran Carlos Maranhão e Ítala Maranhão. O juri durou três dias e o julgamento foi realizado pelo juiz André Granja.
Além de Talvane, foram condenados seus assessores Jadielson Barbosa da Silva (105 anos de prisão); Alécio Cézar Alves Vasco (86 anos de prisão); José Alexandre dos Santos (105 anos de prisão) e Mendonça Medeiros da Silva (75 anos de prisão).
A chacina da Gruta – como ficou conhecida – aconteceu em 16 de dezembro de 1998 no bairro do mesmo nome, em Maceió e, de acordo com a sentença, todos foram mortos com armas de caça e pistolas. Na sentença – de 143 páginas – o magistrado justifica as condenações de Talvane e seus assessores: “Não bastasse a violência dos crimes e sua repercussão social a exigir a prisão como forma de garantir a ordem pública, a espera de mais de 13 anos para o julgamento por Corte soberana é, por si só, suficiente para revestir de total legalidade a prisão dos condenados”, diz.
De acordo com a sentença, Ceci Cunha foi morta porque os assassinatos de dois deputados federais – Augusto Farias e Albérico Cordeiro -, ambos suplentes de Talvane, ficaram inviabilizados. Eles não apareceram no dia da diplomação, no fórum do Barro Duro, em Maceió, na data de 16 de dezembro de 1998. Apenas Ceci Cunha recebeu o diploma e foi morta horas depois – para que Talvane Albuquerque assumisse a vaga.
Ao reproduzir um dos depoimentos, o magistrado escreveu: “que ao ocuparem uma das mesas, onde só se encontravam o declarante, o Deputado Talvane Albuquerque e o Sr. Maurício Guedes, o pistoleiro Chapéu de Couro, este que se dirige ao Deputado pergunta: ‘Deputado, o que o senhor que comigo?’, tendo o mesmo respondido ‘que tinha uma pessoa para derrubar’, pois precisava continuar no poder e tinha de ser até o dia 1º de janeiro, pois se passasse daquela data, não serviria”.
“O fato de a ação haver se dado em ambiente familiar, no qual as vítimas naturalmente julgavam desnecessária qualquer atenção maior à sua segurança, aliada à brutalidade empregada contra elas, perfazem circunstância que não deve ser desconsiderada na fixação da pena base”, explica André Granja.
Condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe, Talvane e assessores, segundo o pistoleiro Maurício Guedes, que recebeu e recusou a proposta de matar um dos três deputados federais, disse ao magistrado que agiria “sem qualquer pudor moral”, “mostrando-se indiferente à mote de seus companheiros de coligação partidária ao revelar que seu único objetivo era assumir o mandato como Deputado Federal, independentemente do tipo de violência necessária a tal fim”, escreve André Granja. Após o julgamento, todos saíram presos, sem algemas, e foram escoltados do fórum da Justiça Federal, no bairro da Serraria – 2 km do local da chacina. A defesa vai recorrer da decisão.
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