Defesa Civil interdita imóveis vizinhos ao Paulistão para avaliar danos em estrutura
Prédios vizinhos podem ter sido danificados com as chamas no Paulistão que atingiram os mil graus, na manhã de ontem
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Prédios vizinhos podem ter sido danificados com as chamas no Paulistão que atingiram os mil graus, na manhã de ontem
Além do prédio do Paulistão, loja de brinquedos e utilidades, a Defesa Civil interditou quatro imóveis vizinhos, entre comércio e residências. O motivo da interdição é que a perícia precisa avaliar se as outras edificações foram danificadas pelo grande incêndio de ontem no Paulistão. O laudo deve sair em no mínimo dez dias, mas pode ser prorrogado por até um mês. Enquanto isso, os imóveis deverão continuar lacrados.
Adão Alves dos Santos, proprietário de um dos imóveis interditados, já começa a calcular os prejuízos. Ele é dono de um comércio que vende cestas básicas. “Estou há três anos neste local. Este é o sustento da minha família e se o prédio for condenado não sei o que vou fazer. Perdi mercadoria e estou sem atender os clientes, o prejuízos é muito grande”, lamenta o comerciante.
O Corpo de Bombeiros e uma equipe de cinco peritos trabalham em conjunto para realizar laudos sobre o incêndio e as condições das estruturas dos imóveis. O perito criminal Amilcar da Serra Silva e Netto, explica que os profissionais têm o prazo de dez dias para apresentar o laudo final, mas como se trata de um incêndio de grandes proporções, esse prazo poderá chegar a um mês.
A Defesa Civil informou que a interdição acabará apenas com o fim das investigações e liberação pelos outros órgãos. “São três casas atrás e um comércio ao lado, que foram interditados. Nosso objetivo é evitar desdobramentos e tragédias, como desmoronamentos”, explicou Sebastião Rayol, coordenador de operações da defesa civil.
O trabalho da perícia teve início ainda ontem. “Vamos analisar a origem do fogo e qual caminho percorreu. Pretendemos definir se o incêndio foi criminal ou se começou na rede elétrica, é muito cedo para confirmar algo e não descartamos as possibilidades”, explicou Amilcar.
Os bombeiros também acompanharam o local por toda a madrugada e explicaram que alguns focos surgiram, mas foram controlados. De acordo com o tenente-coronel Robson Moreira, as chamas de variaram entre 600°C e mil graus, já que foi encontrado alumínio derretido.
“Ainda vamos precisar a origem do fogo, pois os donos afirmam que tinham todos os alvarás para o funcionamento. Estamos em fase de levantamento de dados”, comentou o tenente-coronel. A perícia no local deve continuar até a tarde desta sexta-feira (7).
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