Crianças são treinadas para ajudar nas ações contra a dengue em comunidades do Rio

Uma estratégia inovadora que está dando certo para combater a dengue no Rio é a conscientização das famílias a partir das crianças. Durante um mês, 9 mil jovens participaram do programa Bombeiro Mirim Contra a Dengue, do governo estadual. Ao final do curso, receberam diploma de participação e passaram a acompanhar os agentes de saúde […]

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Uma estratégia inovadora que está dando certo para combater a dengue no Rio é a conscientização das famílias a partir das crianças. Durante um mês, 9 mil jovens participaram do programa Bombeiro Mirim Contra a Dengue, do governo estadual.

Ao final do curso, receberam diploma de participação e passaram a acompanhar os agentes de saúde nas visitas às residências, em busca de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. A formatura aconteceu hoje (3), durante o evento Todos Contra a Dengue, realizado no Complexo do Alemão. ,

Para o novo bombeiro mirim Daivid Estevão Brandão, de 11 anos, o objetivo da missão pode ser conferido no juramento dos jovens formandos: “Prometo acabar com a dengue e falar com meus parentes e amigos sobre a doença”, disse o estudante, que cursa a 5ª série do ensino fundamental. Daivid conhece bem o problema porque já pegou dengue. “Aprendi que temos que tampar a caixa d´água, retirar a água dos vasos de plantas e colocar o lixo em um local adequado.”

A subsecretária estadual de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto, ressaltou que o combate à doença só será realmente eficaz com a participação decisiva das famílias. “O objetivo é levar à comunidade as ações de prevenção.

Os bombeiros mirins fazem parte de uma estratégia que o governo do estado adotou para passar a essas crianças o conhecimento e atitudes na direção à prevenção da dengue. É a nossa aposta, de transformar o conhecimento em prática, com esses agentes, que serão catalisadores dentro da própria comunidade.”

Miyamoto explicou que os focos do mosquito variam de uma comunidade para outra. Em Duque de Caxias, por exemplo, ela disse que os levantamentos apontaram concentração nos depósitos de lixo clandestinos. Já no Complexo do Alemão, os focos do mosquito estão localizados principalmente em reservatórios de água. “Em lugares onde houve mobilização mais intensa, percebemos que houve uma redução importante. Isso se deve à atitude das pessoas em retirar os focos de dentro de seus próprios domicílios.

O agente faz uma visita a cada dois meses nas residências, mas o mosquito se prolifera em apenas sete dias.” No último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, a cidade do Rio registrava 6.565 casos de dengue, concentrados nos bairros das zonas norte e oeste. Desses, foram confirmados 41 casos do tipo 4, que entrou recentemente no estado e para o qual os moradores ainda não têm imunidade.

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