Corinthians joga por empate com Santos para chegar a final inédita

Pela segunda vez na história, o Corinthians tem chance de ir a uma final de Copa Libertadores. Fracassou em 2000, diante do Palmeiras, e desta vez depende de empate com o Santos depois de ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, na Vila Belmiro. O jogo de volta será às 21h50 (de […]

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Pela segunda vez na história, o Corinthians tem chance de ir a uma final de Copa Libertadores. Fracassou em 2000, diante do Palmeiras, e desta vez depende de empate com o Santos depois de ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, na Vila Belmiro. O jogo de volta será às 21h50 (de Brasília) desta quarta-feira, no Pacaembu.

A principal esperança do único time invicto na competição é sua forte defesa, a menos vazada até aqui, com dois gols sofridos – o último foi na penúltima rodada da fase de grupos, em jogo contra o Nacional-PAR. Se sua rede não for balançada de novo, a exemplo do que ocorreu nos últimos seis compromissos pelo torneio (cinco no mata-mata), a torcida finalmente poderá comemorar a inédita classificação.

Do poderio ofensivo não se pode dizer o mesmo. Não fossem os resultados elásticos sofre os fracos Deportivo Táchira-VEN (6 a 0) e Emelec-EQU (3 a 0), o Corinthians teria um dos ataques menos eficientes, com vitórias geralmente apertadas e três empates em branco. Mas, para o técnico Tite, o fundamental é o equilíbrio entre os dois setores da equipe.

“Vejo equilíbrio. Mais do que não sofrer gol, procuro ter como referência o saldo. Saldo mostra equilíbrio. O número que você faz menos o número que você toma. Isso, para mim, é a referência mais importante. Valorizo muito mais o saldo de gols da equipe do que propriamente o baixo número de gols sofridos”, defende o treinador, que contaria com força máxima não fosse suspensão de Emerson.

O camisa 11 foi herói e vilão na Vila Belmiro, tendo marcado o único gol da partida e sendo expulso mais tarde. Por conta disso, cumprirá gancho automático. Quem assume seu lugar na ponta esquerda do ataque é Willian, o qual não tinha oportunidade como titular na Libertadores desde as oitavas de final, ocasião em que foi improvisado como pivô, contra o Emelec.

“Contra o Emelec, joguei em uma função diferente e não devo ter agradado porque não fiz gol, mas me movimentei super bem, brigando ali na frente. Meu porte físico não é tão privilegiado, mas em nenhum momento desisti das jogadas, sofri bastante falta. Infelizmente gol vale muito, e isso não aconteceu”, recorda o camisa 7, vice-artilheiro da temporada, com cinco gols, um a menos do que Emerson.

Mesmo reconhecendo que deixaram a desejar na primeira partida, os jogadores do Santos seguem otimistas quanto a uma reviravolta fora de casa. “Por que não podemos ir lá e vencer? Temos chances. Vai ser um jogo muito mais difícil do que o primeiro, só que vamos estar mais preparados e ‘mordidos’ dessa vez. Sabemos que o conjunto deles é muito forte. O Corinthians possui uma equipe muito bem treinada, mas acredito que teremos mais espaços no Pacaembu. Precisamos ter calma. Só assim teremos plenas condições de reverter a vantagem deles”, disse o volante Arouca.

Já o técnico Muricy Ramalho alertou seus comandados para não confundirem raça com afobação, mantendo a inteligência e a “cabeça fria” para que o Santos possa apresentar o seu melhor futebol, visando reverter a vantagem corintiana. “Aceitamos um pouco a marcação deles na primeira partida. Agora, temos que ser inteligentes para jogar nas linhas que o Corinthians monta, no seu sistema de marcação. Eles dão prioridade a marcação e jogam no erro do adversário. Por isso, a calma com a posse da bola é mais importante do que a garra, nesse momento. Só na base da raça não dá. Com certeza, nós teremos que jogar mais do que na Vila”, comentou.

Táticas à parte, a principal arma para tentar bater o Corinthians é Neymar. O atacante, que teve seu cansaço como tema principal da troca de farpas entre o presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, e a CBF, principalmente através do diretor de seleções, o corintiano Andrés Sanchez, está recuperado do desgaste físico acumulado nos últimos tempos. Por isso, segundo seus companheiros de equipe, a expectativa é de que ele brilhe, como aposta o zagueiro e capitão Edu Dracena.

“O Neymar precisava descansar. Ele não é uma ‘máquina’. Agora, ele está recuperado e acredito que ele pode nos ajudar bastante contra o Corinthians. Até porque sabemos que o conjunto é importante, mas penso que o individualismo pode fazer diferença nessa partida. O Neymar tem muito talento, é rápido, imprevisível e isso pode ser fundamental para a gente, principalmente contra uma defesa tão forte como a do Corinthians”, ponderou o defensor.

Além de Neymar, o Santos confia em Borges. O centroavante venceu a concorrência com o meia Elano e será escalado como titular por Muricy. O time, portanto, será alinhado no esquema tático 4-3-3. Neymar vai atuar aberto pela esquerda, Alan Kardec pela direita e Borges centralizado, incomodando o miolo da zaga rival, enquanto Ganso será responsável pela armação.

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