Comitê Olímpico anuncia estrutura recorde em Londres, mas com resultado só em 2016

Nos Jogos de 2012 em Londres, a delegação brasileira contará com a maior estrutura de apoio que já teve em uma Olimpíada. Mas o aumento de investimentos, alavancado pela conquista da Rio 2016, só deve ter efeito sobre o quadro de medalhas do país nos Jogos do Rio, em 2016, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro […]

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Nos Jogos de 2012 em Londres, a delegação brasileira contará com a maior estrutura de apoio que já teve em uma Olimpíada. Mas o aumento de investimentos, alavancado pela conquista da Rio 2016, só deve ter efeito sobre o quadro de medalhas do país nos Jogos do Rio, em 2016, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Pela primeira vez a delegação brasileira terá uma base de treinamento exclusivo fora da Vila Olímpica. Será o Centro Esportivo Crystal Palace, classificado pelo presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, como “o melhor centro de treinamento de Londres”.

Durante a Olimpíada, as instalações do Crystal Palace – que costumam sediar competições de atletismo da Diamond League, entre outras – serão usadas para o treinamento exclusivo de atletas brasileiros.

O espaço hospedará toda a delegação não credenciada para a Vila Olímpica, reunindo equipes de médicos, treinadores, auxiliares técnicos e fisioterapeutas, entre outros. Terá ainda uma área para a mídia e contará com um refeitório com “alimentação típica brasileira”. “É a primeira vez que o Brasil tem um local para treinar na hora que quiser.

Não divide raia, pista ou ginásio com ninguém”, destacou Marcos Vinicius Freire, superintendente executivo de esportes do COB, ao apresentar o planejamento para a delegação brasileira em Londres. Freire afirma que o valor do investimento na estrutura só será divulgado após o encerramento dos jogos, mas ele adianta que é o maior já feito pelo país.

“Só os cinco ou seis maiores (países) do mundo têm, nem todos os dez primeiros (medalhistas) têm essa estrutura”, diz. Medalhas Apesar dos investimentos na delegação brasileira estarem maiores, o COB não prevê um aumento de medalhas em relação aos Jogos de Pequim, em 2016.

A meta é manter o mesmo número conquistado na China e trazer 15 medalhas para casa. Isso porque o atual padrão de investimentos no esporte olímpico, com maior participação da iniciativa privada e das três esferas de governo, mudou apenas no fim de 2009, a partir do anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que os Jogos de 2016 seriam no Rio.

“Faltou tempo, porque para formar um atleta de alto rendimento você precisa de 8 a 10 anos. Nós tivemos a virada de investimento e de apoio e de todos quando nós ganhamos (a Rio 2016) em 2009, três anos atrás.

Por isso a nossa meta (se manteve) parecida para Londres.” Os investimentos maiores estão sendo feitos com 2016 em vista. A expectativa é chegar a 30 no Rio e ter outras modalidades esportivas entre as vitoriosas além das tradicionais (como judô, vela e vôlei).

“A nossa meta para 2016 é agressiva, dobrar o número de medalhas conquistadas em relação a Pequim e colocar o Brasil entre os 10 primeiros no quadro geral de medalhas. É uma meta forte, mas também realista, de acordo com o tempo que temos para trabalhar”.

Como parte do investimento para 2016, o COB anunciou que vai enviar um grupo de 16 atletas para Londres com a delegação brasileira. Batizado de “Quebra-Gelo”, o projeto vai selecionar jovens promessas para a Olimpíada carioca, para que tenham uma experiência com os Jogos antes de terem de fato que competir.

Os atletas passarão cerca de cinco dias em Londres, acompanhando os treinamentos e as competições de sua modalidade esportiva. Até agora, 165 atletas brasileiros estão classificados para as competições em Londres, competindo em 23 modalidades esportivas.

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