Comércio de Dourados abre 2 mil vagas temporárias para fim de ano

A cidade de Dourados deve gerar 2 mil novas vagas de trabalho temporário para as vendas de final de ano. A estimativa é da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) com base nos resultados dos últimos dois anos em todas as áreas de contratação em Dourados. O comércio e a Associação já começam a […]

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A cidade de Dourados deve gerar 2 mil novas vagas de trabalho temporário para as vendas de final de ano. A estimativa é da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) com base nos resultados dos últimos dois anos em todas as áreas de contratação em Dourados. O comércio e a Associação já começam a receber currículos.

De acordo com o presidente da Aced, Eduardo Custódio, do total de contratados cerca de 30% apenas é efetivado. Isto se deve a falta de qualificação e interesse profissional dos candidatos à vaga além do atual cenário do comércio que não registra aumento de vendas em relação a anos anteriores. A estagnação, segundo Eduardo, se deve a inadimplência, um problema que atinge todo o país. Em Dourados, segundo Eduardo, 37.366 pessoas estão nagativadas junto ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).

São mais de 50 mil débitos que juntos totalizam R$ 16 milhões e deixam de movimentar o comércio. “As pessoas que estão inadimplentes deixam de comprar. Para se ter uma ideia, Dourados tem 140 mil pessoas que são a força produtiva, mas 37 mil delas estão negativadas, sem poder comprar no crediário. Isto inibe em muito as vendas e sem vendas o comércio não contrata”, diz.

Custódio alerta que falta qualificação. Segundo ele, as empresas hoje sofrem com a o volume de funcionários que pe-dem acordos para receberem o fundo de garantia e seguro desemprego. Para se ter uma ideia, do total de 2.256 pessoas contratadas entre setembro e dezembro do ano passado, apenas 738 ficaram no trabalho, já que no mesmo período 1.518 foram demitidas.

Outra problemática apontada pelos comerciantes está relacionada a concorrência desleal com as vendas do Paraguai. “A promoção realizada no país vizinho “matou” o comércio de Dourados no final de semana. É muito complicado para o comércio local que fica vazio. Se não há vendas, não há contratação”, destaca, observando que em geral a queda é de 70% no faturamento.

Por outro lado, o comércio inicia as contratações com mais força do que o ano passado. Somente nos primeiros 20 di-as de setembro, quando inicia a temporada de contratações temporárias, 519 pessoas foram contratadas contra 272 no mesmo período do ano passado. “As expectativas não são boas. Creio que Dourados vai continuar estagnado em relação as vendas dos anos anteriores. Em 2011, com todo o atrativo da iluminação natalina, nós não conseguimos superar as vendas de 2010 no mesmo período”, informa.

O comércio de Campo Grande já se prepara para começar a contratação de pelo menos 5 mil trabalhadores temporári-os para trabalhar nesta reta final do ano, nas vendas de Natal. A estimativa é do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande (SECCG).

Algumas empresas já estão recebendo currículos de interessados, para começar a seleção daqueles mais aptos para o trabalho, informa Idelmar da Mota Lima, presidente do SECCG. A entidade tem sugerido que principalmente os jovens procurem fazer cursos para se especializarem com técnicas de atendimento a clientes e também para as vendas.

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