Com queda no faturamento e alta no emprego, resultados da indústria apontam cenário de transição, diz CNI

O faturamento da indústria brasileira recuou 2,4% em julho deste ano na comparação com junho. As horas trabalhadas apresentaram recuo de 0,3% no mesmo período. Por outro lado, o emprego teve alta de 0,2% – terceiro crescimento consecutivo do ano – e a utilização da capacidade instalada ficou em 81,6%, com aumento de 0,9 ponto […]

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O faturamento da indústria brasileira recuou 2,4% em julho deste ano na comparação com junho. As horas trabalhadas apresentaram recuo de 0,3% no mesmo período. Por outro lado, o emprego teve alta de 0,2% – terceiro crescimento consecutivo do ano – e a utilização da capacidade instalada ficou em 81,6%, com aumento de 0,9 ponto percentual em relação a junho.

Os dados fazem parte da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação da entidade, a existência de indicadores tanto positivos quanto negativos em julho pode caracterizar um momento de transição do setor em direção à retomada do crescimento.

“Quando temos um quadro de transição, nem sempre os sinais vão todos na mesma direção. Creio que os indicadores se mostrarão predominantemente positivos a partir dos próximos meses”, afirmou Flávio Castelo Branco, gerente de Política Econômica da CNI.

Na comparação anual, o faturamento cresceu 5,5% ante o mês de julho de 2011. As horas trabalhadas caíram 1,3% na comparação ao ano passado, e a capacidade instalada também apresentou recuo, de 0,4 ponto percentual. O emprego recuou 0,2%.

Para o gerente, as medidas de estímulo adotadas pelo governo – redução dos juros, política cambial favorável às exportações e desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – devem promover a recuperação moderada, principalmente nos meses finais do ano.

“A equação macroeconômica de câmbio e juros está mais favorável. Esse conjunto de medidas deve mostrar seus efeitos mais para frente. O mercado real tem uma taxa de resposta um pouco mais demorada do que os mercados financeiros”, disse Flávio Castelo Branco.

Os dados são dessazonalizados, ou seja, sofreram um ajuste de acordo com as características do período pesquisado.

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