Com ajuda da internet, estudantes do Rio escrevem livro em coautoria com Ziraldo
“Ler e escrever é tão importante quanto respirar” é o lema de Ziraldo, que há mais de cinquenta anos desperta a curiosidade de crianças e adolescentes que mergulham em suas histórias. Dessa vez, o estímulo dado pelo autor foi para que o público infanto-juvenil contasse suas próprias histórias ilustradas pelo famoso desenhista. Com o tema […]
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“Ler e escrever é tão importante quanto respirar” é o lema de Ziraldo, que há mais de cinquenta anos desperta a curiosidade de crianças e adolescentes que mergulham em suas histórias. Dessa vez, o estímulo dado pelo autor foi para que o público infanto-juvenil contasse suas próprias histórias ilustradas pelo famoso desenhista.
Com o tema “Rio: Conhecer para Cuidar”, cerca de 13 mil alunos da rede de ensino carioca Santa Mônica Centro Educacional escreveram sobre a cidade a partir de 20 desenhos do cartunista.
O desafio dos alunos era o de escrever sobre suas experiências no Rio de Janeiro. Os alunos deveriam explorar não só coisas boas, mas deveriam também ter uma visão crítica sobre os problemas que a cidade enfrenta.
A proposta é parte do projeto Oficina do Texto, do Portal Educacional, que convida autores renomados para serem coautores com alunos de escolas conveniadas ao portal.
“Sou autora do livro”, diz aluna
“Adoro passear no Jardim Botânico, pois vejo flores e plantas de todas as partes do Brasil”, escreve Samara Viana, 10, aluna do 5º ano da escola Tia Neuma Gonçalves, no Complexo Desportivo da Vila Olímpica da Mangueira (zona norte do Rio).
A menina conta que não conhece muitos dos lugares turísticos no Rio, mas que pelas ilustrações de Ziraldo foi possível imaginar como são. “Eu sou autora do livro”, fala com entusiasmo.
A turma de Samara foi a primeira da escola na Mangueira a receber os livros produzidos pelos mais de 600 alunos da unidade, que têm entre 6 e 13 anos. Cada estudante recebeu um livro com as histórias que escreveu e as ilustrações de Ziraldo.
A produção do livro mobilizou os 20 professores da escola. O processo levou cerca de quatro meses e começou na sala de aula, na disciplina de produção textual. Toda semana os estudantes tinham um tempo de 50 minutos para discutir sobre o tema e escolher as ilustrações. Depois montaram o livro no computador através de uma ferramenta online do portal.
Patrick da Silva, 12, colega de Samara, foi um dos que ajudou a muitos alunos a trabalhar na ferramenta online para produzir o livrinho. Ele conta que sabe mexer no computador, mas tinha amigos que precisavam de ajuda. “Eu ajudei algumas turmas de todas as idades e também ajudei aos professores”, disse.
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