Colômbia é o sexto país a tirar embaixador de Assunção após golpe no Paraguai

Governo de Juan Manuel Santos convocará chefe da missão diplomática para consultas, como já fizeram Chile, Brasil e Uruguai; Venezuela e Argentina cortaram relações

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Governo de Juan Manuel Santos convocará chefe da missão diplomática para consultas, como já fizeram Chile, Brasil e Uruguai; Venezuela e Argentina cortaram relações

O governo da Colômbia anunciou neste domingo (24) que chamará para consultas seu embaixador em Assunção, Alberto Barrantes, em função do descumprimento do “devido processo” no impeachment do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo.

A chancelaria da Colômbia informou sobre a decisão, que também foi tomada por vários países vizinhos, por meio de um comunicado de cinco pontos no qual também expressou sua preocupação com a forma como o Congresso paraguaio destituiu Lugo do governo sem dar a ele “tempo suficiente para sua defesa”.

Na sexta-feira passada, o Senado do Paraguai condenou Lugo por mau desempenho de suas funções. Em seu lugar, assumiu o até então ex-presidente, Federico Franco.

O comunicado afirmou que os chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) realizaram “esforços com os representantes dos partidos políticos do Paraguai para assegurar as garantias necessárias para a realização deste julgamento político consagrado na Constituição do país”.

A nota acrescentou que a Colômbia “considerará as medidas correspondentes” a serem tomadas depois das reuniões da Unasul e do Mercosul, de acordo com as cláusulas democráticas assinadas por estes organismos regionais.

Por último, o comunicado afirmou que “Colômbia em nenhum caso adotará medidas que afetem o povo paraguaio”.

A Colômbia se uniu ao Chile, Brasil, e Uruguai, que já convocaram seus diplomatas no Paraguai. Já Venezuela e Argentina retiraram seus embaixadores do país.

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