Brasil visita a caótica Argentina para, enfim, decidir Superclássico

A crise política desencadeada pelo governo da presidente Cristina Kirchner ficará em segundo plano a partir das 22 horas (de Brasília) desta quarta-feira. Em meio à greve geral e aos ‘panelazos’ organizados pela população local, a Seleção Brasileira desembarcará em Buenos Aires para mais um histórico clássico contra a Argentina. Os times se encontrarão pela […]

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A crise política desencadeada pelo governo da presidente Cristina Kirchner ficará em segundo plano a partir das 22 horas (de Brasília) desta quarta-feira. Em meio à greve geral e aos ‘panelazos’ organizados pela população local, a Seleção Brasileira desembarcará em Buenos Aires para mais um histórico clássico contra a Argentina. Os times se encontrarão pela primeira vez no estádio La Bombonera para, enfim, decidirem o Superclássico das Américas.

Inicialmente, o confronto seria realizado nacidade de Resistência, em 3 de outubro. Contudo, uma queda de energia no momento em que as equipes subiram a campo forçou o adiamento da partida. A CBF chegou inclusive a ameaçar o cancelamento do duelo e só entrou em acordo após uma longa reunião com a Federação Argentina e a própria Conmebol.

A confirmação do segundo encontro entre as seleções manteve inalterado o resultado obtido pelo Brasil no primeiro jogo, disputado em 20 de setembro, no estádio Serra Dourada. O time canarinho jogou para quase 38 mil pessoas e conquistou uma vitória por 2 a 1 sobre os ‘hermanos’. Os gols nacionais foram marcados por Paulinho e Neymar, enquanto o corintiano Martínez anotou o tento dos visitantes.

Despreocupado com os problemas políticos enfrentados pelo governo argentino, Mano Menezes admitiu que a disparidade entre um jogo e outro faz com que o Superclássico deste ano não tenha a mesma credibilidade daquele disputado em 2011. A competição é uma versão moderna da antiga Copa Roca e teve a sua primeira edição realizada justamente no ano passado. Com um empate por 0 a 0, em Córdoba, e uma vitória por 2 a 0, em Belém, a Seleção Brasileira sagrou-se campeã do torneio.

“O jogo será disputado com o mesmo espírito do ano passado. É diferente de uma partida com Argentina e Brasil totalmente completos e jogando por uma copa. Mas, desta vez, não vamos esperar que a Argentina fique assistindo o Brasil ter posse de bola como em Goiânia. Você sempre quer fazer melhor e sabemos que eles têm capacidade para isso. A missão do meu time é estar preparado para não deixar isso acontecer”, afirmou o técnico Mano Menezes.

O desejo de evitar qualquer surpresa no primeiro jogo da Seleção em La Bombonera fez com que o comandante canarinho escondesse praticamente toda a equipe titular. O treinador encerrou a preparação do seu time na última terça-feira e confirmou apenas a estreia de Diego Cavalieri no lugar do capitão Jefferson. A outra novidade ficou por conta da entrada de Fred em uma provável parceira com Neymar no ataque.

Do lado argentino, o técnico Alejandro Sabella depositará as suas fichas em velhos conhecidos da torcida brasileira. Hernán Barcos, do Palmeiras, Guiñazu, do Internacional, Montillo, do Cruzeiro, e Martínez, do Corinthians, estarão presentes na equipe mandante. Além deles, o destaque vai para o meia Clemente Rodríguez, que é peça importante no esquema tático do Boca Juniors.

As únicas baixas sofridas pelos argentinos se concentraram no meio-campo. O volante titular Rodrigo Braña, do Estudiantes, sentiu um problema muscular e deixará a equipe junto com o experiente Maxi Rodríguez, do Newell’s Old Boys. Em seu lugar foi convocado Leonardo Ponzio, que defende as cores do River Plate no Campeonato Nacional.

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